PSG? Liverpool? ‘Vamos jogar de igual para igual’, diz brasileiro do maior azarão da Champions
Primeiro, o poderoso Paris Saint-Germain de Neymar, Cavani e Mbappé. Em seguida, o perigoso Napoli de Hamsík, Mertens e Insigne. Para completar, o espetacular Liverpool de Salah, Firmino e Mané. Conforme o sorteio dos grupos da Liga dos Campeões se desenvolvia, há duas semanas, em Mônaco, a chave C, com três potências do futebol europeu, pintava como uma das mais fortes de todos os tempos. Até que… o frágil, mas tradicional, Estrela Vermelha deu o azar de ser o quarto time “contemplado” com uma vaga no tão temido “Grupo da Morte” do principal torneio de clubes do mundo.
No campo histórico, o time sérvio consegue, sim, “sentar-se à mesa” com os três rivais. O Estrela Vermelha foi campeão europeu em 1990/91 e, dentro da chave, perde apenas para o Liverpool, dono de cinco títulos, em número de taças na competição – PSG e Napoli, apesar de fortes nacionalmente, nunca faturaram uma Champions.
Levando em consideração a feroz e cada vez mais desigual realidade do futebol europeu, no entanto, o maior campeão da Sérvia torna-se um “nanico” perto dos adversários de grupo. Dominante na França, o PSG, por exemplo, gastou 172 milhões de euros em reforços para a temporada 2018/19. O Liverpool, atual vice-campeão europeu, desembolsou 182 milhões. Já o Napoli investiu 71 milhões. O Estrela Vermelha, por sua vez, gastou módicos 3 milhões – dos 32 qualificados à fase de grupos, apenas Tottenham, Young Boys, Viktoria Plzen e AEK consumiram menos.
Os valores de mercado das quatro equipes do grupo C também dão o tom da imensidão que separa os sérvios de PSG, Liverpool e Napoli. Segundo o site Transfermarket, o elenco do Estrela Vermelha vale, no total, 43,9 milhões de euros. O número é incrivelmente inferior aos dos adversários de chave: os jogadores do PSG somam 816,5 milhões; os do Liverpool, 876 milhões; e os do Napoli, 489 milhões.
Há condições de o Estrela Vermelha surpreender e avançar às oitavas de final da Champions? Na visão de Jonathan Cafu, atacante brasileiro recém-contratado pela equipe sérvia, sim.
“Não demos sorte, é verdade, mas, na Liga dos Campeões, você não pode ficar escolhendo adversário… O próprio nome já diz: é Liga dos Campeões. São só os melhores times da Europa”, afirmou o ex-jogador de Ponte Preta e São Paulo, em entrevista exclusiva ao repórter André Ranieri, da Rádio Jovem Pan. “Já que estamos aqui, temos que enfrentar todos os adversários de igual para igual. Sempre respeitando os rivais, é claro, mas temos de ver o nosso lado, também, o nosso elenco, o nosso time, que, eu tenho certeza, está preparado para disputar esse torneio”, finalizou.
A caminhada começa nesta terça-feira. Às 16h (de Brasília), o Estrela Vermelha celebra o retorno à fase grupos da Champions após 26 anos contra o Napoli, no Marakana (sim, o maior estádio de Belgrado foi apelidado em homenagem à principal casa do futebol brasileiro). Todos os ingressos para essa e para as outras duas partidas da equipe em casa na 1ª fase do torneio já foram vendidos. “Isso nos motiva muito. Certamente, vai fazer com que a gente jogue com ainda mais raça e motivação”, avisou Cafu.
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