Roberto Carlos diz que Luxa caiu no Real por cortar cerveja e vinho da concentração

  • Por Jovem Pan
  • 09/10/2019 16h47 - Atualizado em 09/10/2019 16h50
Divulgação / Real Madrid Roberto Carlos defendeu o Real Madrid de 1996 a 2007

Roberto Carlos, lateral-esquerdo que fez história no Real Madrid e na seleção brasileira, concedeu uma entrevista para o ex-goleiro português Vitor Baía e fez diversas revelações sobre os bastidores do vestiário galáctico do clube espanhol.

Roberto Carlos revelou que um dos motivos da demissão de Vanderlei Luxemburgo do Real Madrid em meados dos anos 2000 foi porque o técnico brasileiro cortou bebidas alcoólicas da concentração da equipe merengue.

“O Vanderlei Luxemburgo ficou seis meses no Real Madrid. No segundo jogo da Liga, tínhamos o costume de chegar na concentração, deixar as malas no quarto e, antes do jantar, tomar nossa cervejinha e nosso vinho. E sempre em cima da mesa tinha o vinho, duas garrafas em cada mesa. Eu e o Ronaldo chegamos no professor e falamos: ‘Temos uns costumes aqui e você vai ver, mas tenta não mudar. Não tira o vinho da mesa e os 20 minutos da cerveja antes do jantar porque senão vai ter problema”, afirmou.

“Aí o que ele fez? Tirou primeiro a cerveja e depois as garrafas de vinho. Demorou três meses porque o mundo do futebol é pequeno, as notícias chegaram na diretoria e tchau. Era nosso ambiente de vestiário”, completou.

Roberto Carlos ainda contou que os galáticos eram cheios de mordomias durante seus anos no Real Madrid. O lateral também fez questão de elogiar Del Bosque, técnico campeão do Mundo pela Espanha em 2010.

“Hoje eu fico pensando como a gente fazia tanta besteira. Acabava o jogo, era só voo privado. Nos encontrávamos na área privada do aeroporto. Era Beckham que ia não sei para onde, o Figo, Zidane, Ronaldo, eu, Casillas… e tinha treino dois dias depois. Eu ia para a Fórmula 1 direto. Eu rezava para os jogos serem de sábado para conseguir ver a Fórmula 1 no domingo, onde fosse. Era voo privado para tudo quanto é lado”, disse.

“O Del Bosque entendia perfeitamente. Ele sempre colocava o treinamento à tarde. Os treinos de segunda e terça eram todos cinco da tarde. Ele não colocava nunca 11 da manhã porque sabia que quase ninguém chegava. Que história bonita, né? Que exemplo bonito estamos dando para as crianças em casa… Não façam o que fizemos, mas ganhem o que nós ganhamos”, concluiu.

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