Possível venda do Newcastle a fundo de investimento árabe gera polêmica
Enquanto a Premier League permanece paralisada por conta da pandemia do novo coronavírus, o futebol inglês segue movimentado nos bastidores. Nesta quarta-feira (22), a grande notícia foi a possível venda do Newcastle United a um fundo de investimentos da Arábia Saudita, por aproximadamente 345 milhões de euros (cerca de R$ 2 bilhões).
O negócio já é dado como certo, mesmo sem a confirmação oficial até o momento de nenhuma das partes envolvidas. Entretanto, não faltam críticas à transação, principalmente por conta da figura do príncipe Mohammed bin Salman, herdeiro do trono saudita, proprietário de 80% do dinheiro movimentado no fundo (consórcio de investidores).
A Anistia Internacional Britânica mandou uma carta para a Premier League, acusando Mohammed bin Salman de ordenar o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi dentro da embaixada da Arábia na Turquia, em 2018. A ONG aponta ainda inúmeras violações aos direitos humanos pela Arábia Saudita, como a condenação de 184 pessoas à pena de morte no ano passado.
Quem também protestou à Premier League contra a venda do Newscastle foi a rede de televisão por assinatura beIN Sports, do Catar. O grupo de comunicação acusa Mohammed bin Salman de apoiar o televisionamento pirata do campeonato inglês para os sauditas.
Caso a venda de fato seja efetivada, o clube deve receber mais 230 milhões de euros para reforçar o elenco. Entre os possíveis reforços está o brasileiro Philippe Coutinho, emprestado ao Bayern de Munique e indesejado no Barcelona. Os atacantes Antoine Griezmann e Edinson Cavani também estão na mira do Newcastle.
*Com Agência Brasil
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