Volante do River Plate teve carreira dividida em antes e depois de Jorge Jesus

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2019 17h11
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Divulgação/Benfica

O argentino Enzo Pérez é um dos pilares do time atual do River Plate, em que atua como volante, função “descoberta” pelo português Jorge Jesus, técnico do Flamengo, adversário na final da Libertadores, com quem trabalhou no Benfica.

Revelado pelo modesto Deportivo Maipú e com passagem pelo Godoy Cruz, o jogador, hoje com 33 anos, brilhou na conquista do Estudiantes na própria competição continental, em 2009, com desempenho que o levou a ser contratado pela equipe lisboeta.

Até então, o próprio Pérez revelou que já havia mudado várias vezes de posição no campo. Foi atacante aberto pela direita, meia-atacante, meia armador, até que cruzou o caminho de Jesus.

O começo da passagem pelo Benfica foi complicado, com direito a retorno por empréstimo ao time de ‘La Plata. Em 2012, enquanto se recuperava de grave lesão, chegou a se desentender com a direção do clube português, por causa do atraso de salários.

Até que o volante belga Axel Witsel foi negociado com o Zenit São Petersburgo, e Jorge Jesus procurava por um substituto dentro do próprio elenco encarnado. Olhou então para Pérez, que só tinha sido utilizado até então pelos lados do campo.

“Me debrucei sobre seu jogo e pensei que, em todos aqueles anos, não tinha jogado na posição em que poderia render mais”, disse o agora comandante do Flamengo, em entrevista concedida em 2015.

O argentino confessou que, diante da situação em que se encontrava e da proposta que recebeu do treinador, resistiu, mas admitiu que aquela era a decisão correta, já que, inclusive, o levou a defender a Argentina na Copa do Mundo do Brasil, em que foi titular na final.

“Eu não queria saber de nada. Não me via jogando ali. Mas, ele me disse: ‘Fique tranquilo, vamos treinar. Vou mostrar vídeos e faremos exercícios depois do horário’. Acabei sendo o melhor jogador do ano em Portugal”, disse Pérez, se referindo ao prêmio entregue no fim da temporada 2013-2014, em entrevista ao jornal argentino “La Nación”.

Hoje, Pérez garante estar muito confortável na função, mesmo em um time como o River, em que é o único homem de marcação, em um meio formado por jogadores ofensivos.

“A chave é o conhecimento com o outro. O bom de jogar de 5 é que você tem todo o campo a sua frente”, avaliou o argentino.

Depois do Benfica, que defendeu em 117 jogos, tendo marcado dez gols e dado 18 assistências, Pérez partiu para o Valencia, onde não chegou a brilhar. Em junho de 2017, foi contratado pelo River, por 3 milhões de euros, e virou peça fundamental.

Com a transferência, realizou o sonho dele e do pai, que o batizou como Enzo, como forma de homenagear o uruguaio Francescoli. O nome seguiu para o filho do volante, Enzo Santiago Pérez, que nasceu no dia 15 de julho de 2009, justamente, o mesmo dia em que conquistou a Libertadores pela primeira vez.

Para a partida deste sábado, a expectativa é que o volante esteja em campo, depois de recuperação de lesão no ombro, embora o técnico Marcelo Gallardo ainda não tenha confirmado os titulares que entrarão em campo.

*Com informações da EFE

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