Galo perde nos pênaltis para o Colón e está fora da final da Sul-Americana

  • Por Jovem Pan
  • 27/09/2019 09h26 - Atualizado em 27/09/2019 09h28
Divulgação/Atlético-MG Galo perde nos pênaltis para o Colón e está fora da final da Sul-Americana

Depois de perder de virada na Argentina por 2 a 1, o Atlético-MG conseguiu reverter a vantagem do jogo de ida nesta quinta-feira, bateu o Colón pelo mesmo placar no Mineirão no tempo regulamentar, mas acabou derrotado na disputa de pênaltis por 4 a 3 e está fora da decisão da Copa Sul-Americana.

O Atlético teve chances de conseguir a classificação nos 90 minutos. Di Santo incendiou o Mineirão aos 37 do primeiro tempo, depois de cruzamento de Cazares, e Chará fez o segundo do Galo no jogo na volta do intervalo, aos 4 da etapa final, em nova assistência do equatoriano, desta vez após rápido contra-ataque.

No entanto, assim como ocorreu na virada na Argentina, o Galo recuou com a vantagem e permitiu que o Colón diminuísse aos 35 do segundo tempo. Morelo foi derrubado por José Welisson na área. Luis Rodríguez cobrou e marcou com perfeição.

Sem Victor, o Galo começou melhor nos pênaltis, com Cleiton, titular da seleção olímpica, pegando a primeira cobrança de Morelo. No entanto, já na reta final da disputa, a batida de Réver parou nas mãos do goleiro Leonardo Burián, que também defendeu a cobrança de Cazares, a última da série, e garantiu a vaga para o Colón.

O adversário na final, que será disputada no dia 9 de novembro, no Defensores del Chaco, no Paraguai, é o Independiente del Valle, que ontem empatou com o Corinthians por 2 a 2, em Quito. Em São Paulo, porém, o time equatoriano havia vencido o Timão por 2 a 0.

Ciente de que precisaria reverter a sequência de sete derrotas seguidas para avançar à inédita decisão da Sul-Americana, o Atlético entrou em campo com uma postura bastante diferente dos últimos jogos e com um trio ofensivo formado por Luan, Cazares e Chará.

Rever foi o primeiro a criar perigo no jogo, aos 3 minutos, quando completou escanteio cobrado por Cazares e quase abriu no placar. Na sequência, aos 5, depois de tabela entre Di Santo e Patric, o lateral-direito bateu firme para o gol, mas o goleiro Burián fez boa defesa.

A pressão foi aumentando conforme o tempo passava, e o Colón sequer passava da intermediária. No entanto, o Galo tinha dificuldade no último passe. Quando caprichava, errava na hora de finalizar.

Uma dessas chances incríveis foi desperdiçada pelos donos da casa aos 37 minutos. Luan encontrou Patric, que cruzou na medida para Chará. Com o goleiro praticamente fora do lance, o atacante conseguiu bater por cima do gol.

O gol, porém, saiu no minuto seguinte. Cazares recebeu pela intermediária e levantou na área. Luan brigou com a zaga, e a bola sobrou para Di Santo, que bateu com firmeza e superou Burián para abrir o placar.

Com o resultado desfavorável, o Colón voltou do intervalo partindo para cima do adversário e deixou espaços para o Atlético contra-atacar. E, aos 4 minutos, o Galo fez o segundo gol no jogo.

Cazares recebeu na intermediária, aproveitou o buraco na zaga argentina e avançou pelo meio-campo. Chará puxou pela esquerda, recebeu em profundidade do companheiro e bateu cruzado para ampliar.

A vantagem fez o Galo recuar. O Colón, por sua vez, decidiu arriscar, sacando o volante Aliendro para entrada de Bernardi, mais ofensivo, e o lateral-esquerdo Escobar, que deu lugar ao também meia Esparza.

A postura mais defensiva do time brasileiro, como já havia ocorrido na Argentina, agradou o adversário, que passou a gostar do jogo e a ameaçar Cleiton. O Galo se segurava como podia, mas o Colón dava sinais de que o gol era questão de tempo.

Aos 35 minutos, Morelo invadiu a área e foi derrubado por José Welisson. Luis Rodríguez bateu em um canto, Cleiton pulou para o outro, e reduziu o prejuízo no Mineirão.

O resultado forçava a disputa de pênaltis. Para tentar um gol antes do apito final, o técnico Rodrigo Santana tirou Elias de campo para entrada de Geuvânio. Um pouco antes, Vinícius havia entrado no lugar de Luan para renovar o fôlego no setor ofensivo do Galo.

Os times, porém, pareciam contentes com o resultado e sequer criaram chances para mexer no placar nos minutos restantes e nos acréscimos. A vaga na final seria decidida na marca do cal.

Na disputa de pênaltis, Morelo começou perdendo para o Colón. Tendo a missão de substituir Victor, um dos maiores goleiros da história do Atlético, Cleiton caiu no canto certo e defendeu a cobrança do adversário.

Fábio Santos, Vinícius e Di Santo marcaram para o Galo na sequência, com Ortiz, Chancalay e Olivera, com cavadinha, também convertendo. Réver, porém, desperdiçou a quarta cobrança, deixando a disputa em pé de igualdade.

Rodríguez, autor do gol no tempo normal, bateu com muita tranquilidade e recolocou o Colón na frente. A responsabilidade caiu nos pés de Cazares, um dos melhores do Galo ao longo dos 90 minutos. O equatoriano, porém, telegrafou a cobrança. Burián caiu no canto, fez a defesa e classificou o time argentino à final da Sul-Americana.

Ficha Técnica:

Atlético-MG: Cleiton; Patric, Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Jair (José Welisson); Elias (Geuvânio) e Cazares; Luan (Vinícius), Chará e Di Santo. Técnico: Rodrigo Santana.

Colón: Burián, Vigo; Ortiz, Emanuel Oliveira e Escobar (Esparza); Aliendro (Bernardi), Lértora, Zuqui e Estigarribia (Chancalay); Luis Rodríguez e Morelo. Técnico: Pablo Lavallén.

Árbitro: Andrés Rojas (Colômbia), auxiliado pelos compatriotas Alexander Guzmán e Dionisio Ruiz.

Cartões amarelos: Patric (Atlético-MG) Emanuel Oliveira (Colón).

Gols: Di Santo e Chará (Atlético-MG); Luis Rodríguez (Colón).

Pênaltis: Fábio Santos, Vinícius e Di Santo marcaram; Réver e Cazares desperdiçaram (Atlético-MG); Ortiz, Chancalay, Olivera e Rodríguez marcaram, Morelo desperdiçou (Colón).

Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte.

  • Com informações da EFE

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