Hope Solo anuncia candidatura à presidência da Federação de Futebol dos EUA
Ex-goleira da seleção norte-americana, Hope Solo anunciou que vai concorrer à presidência da Federação de Futebol dos Estados Unidos, a US Soccer. Ela revelou que será candidata menos de uma semana após o atual presidente da entidade, Sunil Gulati, declarar que não vai buscar um quarto mandato. Sua decisão veio na sequência do fracasso da seleção norte-americana na tentativa de se qualificar para a Copa do Mundo de 2018.
“Eu sei exatamente o que a US Soccer precisa fazer, eu sei exatamente como fazê-lo, e eu tenho atitude para fazer isso”, disse Solo na sua publicação no Facebook. “Eu sempre estive disposta a me sacrificar pelo que acredito e acredito que não existe nenhum sacrifício melhor do que lutar pela igualdade de oportunidades, integridade e honestidade, especialmente em uma organização como a USSF que poderia dar muito mais para nossas comunidades em todo o país”.
Solo, de 36 anos, liderou os Estados Unidos ao título mundial em 2015, mas deixou de defender a equipe após a Olimpíada de 2016, no Rio, quando se envolveu em polêmicas, como chamar de “covarde” a seleção da Suécia, que eliminou as norte-americanas nas quartas de final, por seu estilo de jogo defensivo. Solo, então, foi suspensa da equipe pouco depois e não retornou. Na sua carreira, ela defendeu a equipe em 202 jogos, com 153 vitórias e 102 jogos sem sofrer gols.
Ela se junta a um grupo de nove candidatos, sendo a segunda mulher a se apresentar para eleição – a outra é Kathu Carter, presidente da Soccer United Marketing. Os outros candidatos são Eric Wynalda, Paul Caligiuri e Kyle Martino, todos ex-jogadores da seleção, os advogados Steven Gans e Michael Winograd, o vice-presidente da Federação de Futebol dos Estados Unidos, Carlos Cordeiro e o empresário Paul Lapointe. A eleição será realizada em fevereiro, sendo que eles precisam de três indicações do atual conselho da federação até a próxima terça-feira (12) para terem a candidatura oficializada.
Solo disse que sua campanha se concentrará em quatro princípios fundamentais: ela pretende criar um cultura vencedora no futebol dos Estados Unidos, começando pelas divisões de base, vai buscar a igualdade salarial entre homens e mulheres, tentará tornar o futebol acessível a todos e enfatizará a transparência dentro da federação.
“O que perdemos na América é a crença em nosso sistema, em nossos treinadores, em nosso pool de talentos e na gestão da federação. Agora devemos reorientar nossos objetivos e nos juntar como uma comunidade de futebol para provocaras mudanças que desejamos”, afirmou.
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