Justiça aceita recurso de Benzema e caso de chantagem será reexaminado
A corte suprema da França aceitou nesta terça-feira (11) o recurso pedido pela defesa do atacante Karim Benzema, do Real Madrid, e o processo em que o jogador é acusado de envolvimento com chantagem ao companheiro de seleção Mathieu Valbuena, deverá ser reexaminado.
Com a decisão, todo o caso foi redirigido do tribunal de Versalhes para o de Paris, que poderá levar seis meses para fazer toda a avaliação, conforme detalhou o advogado do atleta, Sylvain Cormier.
O pedido da defesa apontou que o processo estava “viciado”, especialmente, por causa de um policial, que se passou por agente de Valbuena e negociou no nome do meia o pagamento de valor em dinheiro para evitar o vazamento de vídeo com conteúdo sexual do jogador.
Para os investigadores, a intervenção deste policial se justificava para identificar todos os envolvidos. Para a defesa de Benzema e Karim Zenati, amigo do atacante e também acusado, isso se tratou de uma provocação para o cometimento da irregularidade.
O camisa 9 do Real Madrid é apontado como cúmplice dos supostos autores da chantagem, que teriam pedido a Zenati para interceder junto ao amigo. Benzema, por sua vez, falou com Valbuena sobre o assunto em 5 de outubro de 2015, na concentração da seleção francesa.
Segundo a acusação, o atacante tentou convencer o companheiro a pagar a quem o chatageava, o que a defesa do jogador nega, sustentando que o objetivo era apenas ajudar o meia.
O Tribunal de Paris, ao abordar a legalidade do procedimento, poderia questionar as acusações contra Benzema, que, devido ao caso, está sendo preterido das convocações do técnico da seleção francesa, Didier Deschamps.
Cormier garantiu que se trata de uma “excelente” medida, além de uma “etapa importante”, no objetivo de demonstrar que o jogador é inocente.
Em dezembro do ano passado, um primeiro recurso da defesa havia sido rejeitado pelo Tribunal de Apelação de Versalhes, o que permitiu que o processo seguisse, com risco de Benzema ir para o banco dos réus, podendo ser preso por até cinco anos.
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