Justiça determina afastamento imediato de I.M., vice-presidente do Cruzeiro

  • Por Jovem Pan
  • 10/07/2019 19h02 - Atualizado em 21/05/2024 17h21
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Vinnicius Silva/Cruzeiro

O juiz Octávio de Almeida Neves, da 12ª Câmara Civel de Belo Horizonte, determinou em liminar o afastamento imediado do cargo do vice-presidente de futebol do Cruzeiro, I.M., nesta quarta-feira (10).

O juiz deu decisão favorável ao agrado de instrumento protocolado por conselheiros e sócios do Cruzeiro. No dia 3 de julho, a juíza Lílian Bastos de Paula, da 22ª Vara Cível de Belo Horizonte, havia indeferido o pedido de afastamento de I.M. Um dos responsáveis pela ação é o ex-presidente da Raposa, Gilvan de Pinho Tavares. Gilvan apoiou a candidatura de Wagner Pires de Sá, atual presidente do clube, mas sempre se mostrou contrário a participação de I.M. na gestão.

“Defiro a tutela de evidência recursal e afasto imediatamente o agravado I.M.S. do cargo de Vice-Presidente de Futebol do Cruzeiro Esporte Clube […] Fica impedido de praticar quaisquer atos de gestão inerentes à função no comando do Cruzeiro e de se valer dos poderes outorgados a ele no instrumento de procuração firmado pelo clube”, despachou o juiz.

O dirigente agora afastado poderá recorrer da decisão na Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Três desembargadores serão responsáveis por julgar um eventual recurso. O relator da ação já deu parecer favorável ao afastamento nesta quarta. Para voltar ao cargo, o vice-presidente precisará ter o voto favorável dos outros dois desembargadores.

Entenda as denúncias

I.M. e Wagner Pires de Sá são investigados pela Polícia Civil e do Ministério Público. Policiais estiveram na Toca da Raposa I e II nesta terça-feira (9) para cumprir mandatos de busca e apreensão. Os dirigentes são acusados de quebrar regras da Fifa, da CBF e do governo federal.

Uma das denúncias por parte do grupo de conselheiros e sócios é que o vice de futebol da Raposa recebeu no ano passado mais de 4 milhões em remuneração. O dirigente teve depositado em suas contas um total de R$ 4.060.543,45. Outro ponto diz respeito a um contato com um empresário que emprestou dinheiro ao clube e recebeu direitos econômicos de dez jogadores, entre profissionais e da categoria de base. Um deles é o jovem Estevão William, de apenas 12 anos.

Nesta quarta, a Fifa determinou que a Raposa perdesse 6 pontos no Campeonato Brasileiro, segundo o colunista Ancelmo Gois, do “O Globo”.

“Há um processo tramitando na FIFA, do FC Zorya da Ucrânia contra o Cruzeiro Esporte Clube, relativo à transferência do atleta William Bigode. O Cruzeiro EC perdeu a causa em primeira instância, mas, em seguida, entrou com um recurso conseguindo uma liminar que foi aceita pela FIFA e pelo CAS – Corte Arbitral do Esporte. Um novo julgamento será marcado dentro de aproximadamente 10 meses. Segundo nosso advogado internacional, Dr. Breno Tanuri, se houver nova derrota, o Clube terá 90 dias para efetuar o pagamento da dívida. Diante disso, não há nenhuma verdade quando se fala em perda de pontos”, afirmou em nota o clube.

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