Justiça dos EUA marca audiência e aguarda Ricardo Teixeira em Nova York
O FBI marcou, nesta quinta-feira, a oitiva de Ricardo Teixeira nos Estados Unidos. Por determinação da Justiça americana, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) terá de se apresentar à Corte de Brooklyn, em Nova York, no dia 2 de outubro. As informações são do repórter Wanderley Nogueira, da Rádio Jovem Pan.
A Justiça americana não sabe o endereço de Ricardo Teixeira no Brasil. Para ela, o dirigente mora em “local incerto/ignorado”. Diante disso, vai informar à Polícia Federal brasileira sobre o agendamento da audiência. Se Teixeira vai se apresentar ou não, ninguém sabe. Se ele não comparecer, no entanto, será julgado à revelia, correndo o risco de ser condenado a 60 anos.
A única certeza que se tem é a de que o cerco contra o poderoso dirigente brasileiro se fechou. Essa, por exemplo, é a primeira vez que a Justiça americana marca uma audiência para ouvi-lo. A determinação aconteceu porque Teixeira já havia prometido colaborar com as investigações americanas em duas oportunidades, mas, em ambas, não apareceu.
O dirigente, que presidiu a CBF entre 1989 e 2012, é investigado por envolvimento nos crimes de falsidade ideológica, apropriação indébita e evasão de divisas. Documentos que já estão sob posse das autoridades brasileiras revelam que Teixeira fazia parte de uma “organização criminosa transnacional” que usava a Seleção Brasileira para lavar dinheiro.
A suspeita é de que, ao lado do ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell, o dirigente brasileiro tenha lucrado 15 milhões de dólares (cerca de R$ 49 milhões) com a venda de direitos de imagem de jogos da Seleção a uma empresa do Catar.
Ele não sai do País há algum tempo.
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