Liverpool faz 3 em 19 minutos e atropela City em Anfield
Considerado uma das principais forças da Europa nesta temporada, o Manchester City foi atropelado pelo Liverpool nesta quarta-feira e complicou demais sua situação na Liga dos Campeões. Com um início arrasador, a equipe de Jürgen Klopp surpreendeu os comandados de Pep Guardiola em casa, fez 3 a 0 em um intervalo de 19 minutos e segurou o resultado para ficar a um passo das semifinais do torneio.
O domínio da posse e o ótimo toque de bola do City não foram páreo para a velocidade do Liverpool e a fase fantástica do setor ofensivo da equipe, principalmente do egípcio Salah, autor de um gol e uma assistência nesta quarta. Para Klopp e a fanática torcida vermelha, no entanto, ficou a preocupação pela lesão do atacante, que deixou a partida no segundo tempo sentindo um problema muscular.
Mas nada que atrapalhasse a festa pelo triunfo categórico, que deixou o Liverpool muito próximo da sua primeira semifinal de Liga dos Campeões em 10 anos. Ao City, resta acreditar na capacidade técnica de seus jogadores e em algum “truque” de Guardiola para a volta, terça que vem, quando terá que vencer por quatro gols de diferença em Manchester.
Os dez anos de espera para voltar a uma fase tão avançada da Liga dos Campeões e a rivalidade interna fizeram a torcida do Liverpool extrapolar e danificar o ônibus adversário com pedradas e garrafadas na chegada ao estádio. Dentro de campo, porém, o City pareceu não sentir a intimidação. Bem ao seu estilo, manteve a posse de bola e ocupou o campo de ataque.
Mas o Liverpool tem como uma de suas melhores características o contra-ataque, e foi preciso apenas um para que abrisse o placar. Aos 12 minutos, Salah recebeu em posição duvidosa, arrancou e tocou para Firmino. Em ótima fase, o brasileiro cortou o zagueiro e parou na boa defesa de Ederson. Walker falhou no rebote, Firmino brigou e Salah ficou com a sobra para finalizar para a rede.
O City tentou responder na mesma moeda no minuto seguinte, mas Sané foi fominha e desperdiçou grande oportunidade. Faria falta, porque logo aos 20 o Liverpool aumentaria. Milner dividiu na intermediária e a sobra ficou com Oxlade-Chamberlain, que encheu o pé. A bola saiu com violência, no canto direito de Ederson, que só assistiu.
O segundo gol abalou o City, que se encolheu, enquanto o Liverpool foi para cima, com a ajuda da torcida. Extremamente preciso, o time da casa aproveitou a terceira chance que teve para fazer mais um aos 30 minutos. Firmino abriu na direita com Salah. Ele tentou a finalização, ficou com a sobra e colocou na cabeça de Mané, que ganhou no alto de Fernandinho e balançou a rede.
O City parecia entregue. Mesmo mantendo a posse de bola, sofria com a falta de espaço de seus principais organizadores, David Silva, De Bruyne e Sané, bem marcados. Somente no segundo tempo o time pareceu assimilar o golpe e voltou a atacar. Aos seis minutos, Fernandinho virou linda bola para Sané, que bateu de primeira, com perigo.
Mas o Liverpool não se assustou, e se já não atacava como antes, ao menos impedia que o gol de Karius fosse ameaçado. Gündogan até tentou de fora da área, mas foi Mané quem chegou mais perto de marcar em contra-ataque, travado por Otamendi. Não faria falta para a festa da torcida, que começou antes mesmo do apito final.
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