Mais do Madrid

  • Por Mauro Beting/Jovem Pan
  • 25/04/2018 18h58
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Ronald Wittek/EFE Asensio, Real Madrid Marco Asensio marcou o gol da virada do Real Madrid sobre o Bayern em Munique

Quem é que segura esses caras de branco ou mesmo de preto? Quem é que consegue deter o Madrid em noite de Real, em meses do maior campeão da Europa e do mundo?

Em Munique, a Bestia Negra de novo ficou pelo caminho. No clássico da Liga agora são 12 vitórias merengues e 11 alemãs. Apenas dois empates. Um gol a mais para o Real Madrid. Mas parece ser muito mais a favor do clube.

Com 20 segundos seria possível marcar um pênalti sobre Lewandowski de Carvajal. Com 20 minutos seria possível cochilar com um jogo bem marcado, muitos passes errados, e pouca criatividade. Até que Kimmich escapou às costas de Marcelo e bateu bola defensável que Navas aceitou. Na sequência, o Bayern que perdera lesionados Robben e Boateng (e já não tinha Neuer, Vidal e Coman) perdeu gol incrível com Ribèry (o melhor em campo). Ele deixou a bola escapar na frente de Navas.

O lance que exemplifica o que foi o jogo. O penta europeu perdendo 13 chances de gol. O dodecampeão continental criando apenas 4 e marcando dois gols. Repetindo o resultado do ano passado. Não deixando escapar nada.

Marcelo fez um golaço duplamente indefensável. Uma pancada de sem-pulo na rede lateral tão indefensável quanto o goleiro Ulreich ter pulado sem os braços no gol do empate no fim do primeiro tempo. Na segunda etapa, a fortuna de Zizou nas mexidas. Isco estava mal e ele botou Asensio mais aberto pela esquerda, trocando o 4-3-1-2 por um 4-3-3, com Cristiano ainda mais centralizado. E foi justo Asensio quem aproveitou contragolpe letal em raro erro de Rafinha para virar o placar.

Ribèry assumiu pela esquerda o protagonismo que Muller não consegui do outro lado, e Lewandowski não se encontrou. Thiago jogou muito pouco do muito que sabe. E ainda assim o Bayern só não empatou e revirou porque Navas se redimiu com três belas defesas. E, acreditem, Zidane acertou ao sacar o nervoso Carvajal
e apostar em Lucas Vásquez improvisado na lateral para marcar o melhor em campo, com Benzema entrando à frente.

Não é só sorte de ZZ. É muito mais coisa do treinador e dessa camisa iluminada. E pesada a ponto de vencer outra como a do Bayern, em Munique. Mas ainda não tão poderosa a ponto de já definir a parada.

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