Mano Menezes relembra passagem pela seleção e revela mágoa com a CBF

  • Por Jovem Pan
  • 03/10/2019 08h58
Agência Corinthians/Divulgação Agência Corinthians/Divulgação Mano Menezes comandou a seleção brasileira entre 2011 e 2012

Mano Menezes, atualmente treinador do Palmeiras, comandou a seleção brasileira em 2011 e 2012. O técnico esteve à frente do Brasil após a queda de Dunga e venceu dois Superclássicos, mas foi demitido antes da Copa do Mundo de 2014. Em entrevista concedia ao “Grupo Globo”, ele revelou uma certa mágoa com a CBF (Confederação Brasileira de Desportos).

“Claro que a gente fica chateado, todo o trabalho que não é completado sempre é frustrante, principalmente quando você já passou a pior parte e começa a entrar onde as coisas vão se encaixar. A decisão da diretoria na época, que não foi a que me contratou… Optaram por levar outros profissionais, também campeões, talvez a pressão da Copa no nosso país, pressão externa da mídia”, disse Mano.

“Não é fácil em lugar nenhum. Fiquei chateado como qualquer outro profissional ficaria. A mágoa dura uns 15, 20 minutos. Uns 30 dias naquele caso (risos)”, prosseguiu.

Durante a entrevista, que foi realizada pelo comentarista Muricy Ramalho, Mano Menezes também falou sobre a decisão de deixar o Cruzeiro após levantar duas taças da Copa do Brasil.

“Tomei iniciativa de conversar com as pessoas do Cruzeiro porque entendia que o momento precisava de uma mudança. Tenho um ótimo relacionamento com a direção, mas o futebol, na minha visão, precisa de resultado. À medida que o resultado para de vir, isso cria uma desconfiança no técnico mesmo, perde a confiança no trabalho e nas suas ideias. E o técnico não pode ter essa dúvida. Então achei que era a hora”, comentou.

Mano, de 59 anos, também exaltou os treinadores estrangeiros que estão fazendo bonito no futebol nacional, mas afirmou que os brasileiros não estão muito atrás deles.

“Tomei iniciativa de conversar com as pessoas do Cruzeiro porque entendia que o momento precisava de uma mudança. Tenho um ótimo relacionamento com a direção, mas o futebol, na minha visão, precisa de resultado. À medida que o resultado para de vir, isso cria uma desconfiança no técnico mesmo, perde a confiança no trabalho e nas suas ideias. E o técnico não pode ter essa dúvida. Então achei que era a hora”, analisou.

“Mas não acho que estejamos tão defasados assim, é muito difícil trabalhar no Brasil e eles também estão vendo isso. Oscilações, mudança de jogador… Temos de respeitar também os técnicos brasileiros. Eu gosto da palavra respeito” arrematou.

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