Mesmo ausente em jogo do título, Neymar é protagonista em conquista do PSG
A comemoração do sétimo título do Paris Saint-Germain no Campeonato Francês, confirmado neste domingo (15) com uma goleada sobre o Monaco por 7 a 1 no Parc des Princes, registrou uma ausência ilustre, a do atacante Neymar, cuja contribuição foi fundamental, mesmo com os dois meses de ausência por lesão.
Embora o camisa 10 da seleção brasileira esteja se recuperando em Mangaratiba, no lateral do Rio de Janeiro, a mais de 8 mil quilômetros de distância de Paris, seu nome ressonou na boca de muitos, começando pelo principal responsável pelo clube.
“Neymar contribuiu muito para o título. Isso é o mais importante. Fez uma grande temporada conosco”, afirmou o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, responsável por transformar Neymar no jogador mais caro da história pelo desembolso de 222 milhões de euros ao Barcelona em agosto passado.
O craque brasileiro participou de 20 partidas da campanha e marcou 19 gols, atrás apenas de Edinson Cavani, com 25, além de ter dado 13 assistências, mais que qualquer outro jogador.
Ainda é uma incógnita se Neymar voltará aos gramados pelo time parisiense nesta temporada ou apenas com a camisa da Seleção Brasileira antes da Copa do Mundo. “Esperamos que ele volte o mais rápido possível”, destacou Al-Khelaifi.
O troféu de ontem à noite, que já não satisfaz uma diretoria e uma torcida que sonham com a Liga dos Campeões, também foi afetada por outro personagem ausente, Emmanuel Macron. Enquanto o PSG arrasava o Mónaco, o presidente francês concedia uma esperada entrevista na televisão na qual falou de temas muito acompanhados ao longo do fim de semana, principalmente o ataque à Síria.
Macron atraiu na noite deste domingo 3,8 milhões de telespectadores no canal “BFMTV” e representou uma forte concorrência ao jogo do título, que foi visto por 1,2 milhão em na televisão fechada.
A sétima conquista do PSG, que o deixou a três do recordista, o Saint-Étienne, teve comemorações contidas. O clube publicou alguns vídeos, como um em que o capitão Thiago Silva joga champanhe em Daniel Alves, mas a sobriedade foi a tônica.
Entre os torcedores, também não houve fogos de artifício. A recente eliminação nos oitavas de final da Liga dos Campeões contra o Real Madrid ainda se faz presente.
No Parc des Princes, o ambiente não foi o de outras ocasiões especiais. A organização do Campeonato Francês ordenou o fechamento de partes das arquibancadas em que costuma haver torcidas organizadas como punição por comportamento antidesportivo.
Campeão francês, da Supercopa Francesa e da Copa da Liga, o time da capital ainda pode conquistar um quarto título na temporada, o da Copa da França, em que enfrentará o Caen na próxima quarta, pelas semifinais.
Nem isso, porém, aliviará a amargura causada por outra eliminação europeia, um risco que persegue o clube multimilionário desde que foi comprado pelos investidores catarianos, em 2011.
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