Montillo fala sobre luto após perder pai e avô por Covid-19 e clama: ‘Tomem precauções’

  • Por Jovem Pan
  • 08/05/2020 08h55 - Atualizado em 08/05/2020 11h15
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Divulgação / Satiro Sodré / SS Press / Botafogo Divulgação / Satiro Sodré / SS Press / Botafogo Montillo perdeu o pai e o avô devido à Covid-19

O meio-campista Walter Montillo, atualmente na Universidad do Chile, comentou como está passando o período de confinamento após perder o pai Walter Oscar (60) anos e o avô Oscar (91), ambos em decorrência da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Em entrevista à “FOX Sports” da Argentina, na última quinta-feira (7), o jogador também informou que sua mãe foi contaminada, mas que já recebeu alta e não teve complicações.

“A minha mãe também deu positivo, mas assintomática. Por sorte, ontem lhe deram alta e está tudo certo”, disse o meia com passagens por Cruzeiro e Santos. “Meu avô era ótimo, ele tinha 91 anos e os médicos não fizeram o teste nele, supondo que ele estava infectado, já que meu pai cuidava dele. Meu pai fez o teste. Ele entrou no hospital com pneumonia. O resultado veio depois que ele morreu”, continuou.

Montillo disse que tenta se manter firme em frente aos filhos, mas que cai nas lágrimas quando está sozinho.

“Quando estou sozinho, continuo chorando, mas tento seguir adiante com meus três filhos que precisam de mim. Imagine ficar 24 horas trancado, chorando na frente dos meninos… Sim, tenho que chorar, mas faço sozinho, quando não me vêem”, revelou o argentino.

Por fim, Montillo também pediu para que a população se conscientize a respeito da gravidade da Covid-19 e tome prevenções a todo momento.

“Quando você não vê a doença de perto, você tem outra percepção. De perto, você vê com outros olhos. Todos devemos ser conscientes do que está acontecendo. Se nos cuidarmos, podemos dar uma mão para quem está saindo. Eu sigo sofrendo, mas meus filhos e minha esposa precisam de mim”, disse o atleta de 36 anos.

“Se você não se importa com a pessoa ao seu lado, poderá ser pior. Há pessoas que devem trabalhar e trazer pão para a casa. Muitos preferem se arriscar para os seus filhos morrer de fome. Mas tomem precauções! Essas são coisas que não estamos acostumados, mas devemos nos habituar no dia a dia”, continuou Montillo. “Isso pode acontecer com qualquer um. O boleto veio para o meu velho e avô”, finalizou.

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