Muricy revela que voltaria ao futebol. Mas para atuar em uma função diferente

  • Por Jovem Pan
  • 23/08/2017 12h16 - Atualizado em 23/08/2017 12h21
Barcelona/Divulgação Foi uma visita ao Barcelona, em outubro de 2015, que despertou um novo desejo no multicampeão Muricy Ramalho

Dono de quatro títulos brasileiros, sete estaduais e uma Libertadores como treinador, Muricy Ramalho já decidiu: não atuará mais à frente dos bancos de reservas. Há, no entanto, uma função que faria o hoje comentarista esportivo retornar ao futebol. Em entrevista exclusiva a Nilson Cesar que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan, Muricy revelou que aceitaria voltar ao esporte mais popular do planeta para atuar como coordenador técnico. Isso, no entanto, só aconteceria depois do término do contrato do ex-treinador com o Sportv, no fim de 2018.

“Eu acho que (eu voltaria ao futebol para atuar como) coordenador técnico. Eu recebi até convites recentemente para assumir times assim, mas eu tenho contrato com o Sportv na Copa do Mundo. Entre dirigente e comissão técnica, nesse meio de campo aí, tem que ter um cara de futebol, um cara que vive e conhece de futebol, porque é uma função estratégica”, afirmou Muricy.

O desejo do agora ex-treinador surgiu em uma viagem. Em outubro de 2015 – ou seja, oito meses antes de se aposentar das funções de técnico por questões de saúde –, Muricy viajou à Catalunha e conheceu as instalações do Barcelona. Lá, encantou-se com a organização administrativa do clube catalão e deu até mais atenção a esse área do que às questões referentes a campo e bola.

“Essa posição (coordenação técnica) é importante demais. Foi, inclusive, a posição que eu mais observei quando eu fui ao Barcelona. A parte administrativa. Mais até do que a parte de campo. A maioria das pessoas que trabalha no Barcelona é profissional. São ex-jogadores, mas ex-jogadores muito bem preparados. Eles definem uma maneira de jogar e contratam bons jogadores e bons técnicos a partir dessa maneira. Por isso que o clube é um sucesso”, explicou Muricy.

“Como você diminui o erro na contratação de jogadores e até de um técnico? Tendo um especialista em futebol, que vai estudar, que conhece o mercado e vai atrás de informações. Nesse meio, no Brasil, a gente ainda tem muitas dificuldades. Tem muita gente bem intencionada, é claro, mas que não é do ramo. E o jogador olha o que está à volta dele. Se ele olha e percebe que a pessoa que está ao lado dele não conhece, não é do ramo, ele não vai ter confiança”, finalizou.

No Brasil, Muricy não seria pioneiro nessa área. Recentemente, Paulo Autuori atuou em função parecida no Atlético-PR – ele deixou o cargo de treinador para dar espaço a Eduardo Baptista, mas a dobradinha durou somente 13 jogos.

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