“Neymar e Messi não conseguiram fazer o que a torcida esperava na Copa”, diz Parreira

  • Por EFE
  • 05/09/2018 10h04
EFE Parreira participou da escolha de melhor jogador da Copa do Mundo e explicou critérios

Com Neymar e Lionel Messi fora da disputa do prêmio “The Best”, concedido pela Fifa ao melhor jogador do ano, o ex-técnico Carlos Alberto Parreira comentou que as pessoas depositaram “muitas expectativas”, mas os jogadores “não conseguiram fazer tudo que a torcida esperava deles”.

“É uma constante da Copa do Mundo, não dá para ganhar só com talento e nem sem ele, ou sem espírito de equipe. É dito que as seleções ganham troféus, e os jogadores com talento, partidas, já que surpreendem fazendo algo inesperado ou fora do comum”, afirmou Parreira em entrevista à Fifa.

O ex-treinador também ressaltou que na Copa do Mundo da Rússia o meia belga Eden Hazard teve a oportunidade de ser o melhor jogador do torneio, mas “a balança pendeu” para o croata Luca Modric graças ao seu trabalho em todo o campo.

“Por outro lado, Cristiano Ronaldo é outro tipo de jogador, que é profundamente aplicado no aspecto técnico, e Mbappé demonstrou que é um jogador fora de série”, analisou.

Parreira também disse que o futebol das seleções que participaram do torneio neste ano se baseou principalmente em diminuir os espaços e passar ao campo adversário “o mais rápido possível”, por isso puderam vencer como “conjuntos”, e com a ajuda dos talentos individuais.

“O futebol não melhora nem piora, simplesmente vai mudando com o tempo. A posse da bola já não é imperativa”, reconheceu.

Além disso, Parreira afirmou que agora as seleções têm um “longo caminho a percorrer” de olho no Catar, em 2022. Segundo ele, a França tem “fundamentos sólidos” para voltar a ser protagonista, enquanto o Brasil buscará novos jogadores.

“Será interessante ver as relações entre os torcedores em um país menor que os anfitriões anteriores”, declarou.

Parreira estará presente na Conferência de Futebol da Fifa que será realizada no dia 23 de setembro em Londres. O evento contará com mais de 150 técnicos, entre eles Tite; Didier Deschamps, da França; Zlatko Dalic, da Croácia; Roberto Martínez, da Bélgica; Gareth Southgate, da Inglaterra; e Luis Enrique, da Espanha.

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