“O Corinthians é vítima e não tem de pagar nada”, diz Tuma após condenação

  • Por Jovem Pan
  • 15/02/2018 18h04 - Atualizado em 15/02/2018 18h13
Reprodução/Youtube Romeu Tuma Júnior Opositor, Romeu Tuma Júnior é conselheiro e foi candidato à presidência do Corinthians

A decisão da Justiça Federal do Rio Grande do Sul, de condenar Corinthians, Odebrecht e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Fontes Hereda, a devolverem R$ 400 milhões ao banco estatal devido a um empréstimo para a construção da Arena em Itaquera, revoltou Romeu Tuma Júnior.

Em entrevista exclusiva a André Ranieri que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan, o conselheiro corintiano, que se candidatou, mas ficou na última posição da mais recente eleição presidencial alvinegra, elevou o tom de voz e cobrou firmeza do clube.

“O Corinthians é vítima nessa história!”, afirmou. “A instituição Corinthians não tem de pagar absolutamente nada! Quem tem de pagar alguma coisa, se essa decisão foi confirmada em outras instâncias, são aqueles que se envolveram nesse imbróglio”, acrescentou.

Segundo Tuma, o clube alvinegro não tem responsabilidade pelo financiamento que, segundo o entendimento da Justiça Federal do Rio Grande do Sul, foi “lesivo ao patrimônio público”.

“O Corinthians é o credor do empréstimo, está pagando o empréstimo… É o único prejudicado nisso tudo! Quem tem de responder criminalmente, se for o caso, são as empresas que fizeram o empréstimo irregular. O Corinthians não tinha autoridade para fazer empréstimo, só os agentes públicos”, argumentou.

“O Corinthians apenas cedeu o terreno para que fosse construído o seu estádio para a abertura da Copa do Mundo. Portanto, esse é um problema do governo, da Odebrecht e da Caixa. A instituição Corinthians é vítima! Se tiver que pagar, quem tem de pagar são as pessoas físicas que se envolveram nisso, não o clube”.

Na decisão tornada pública nesta quinta-feira, a juíza Maria Isabel Pezzi Klein, da 3ª Vara Federal, entendeu que houve uma série de irregularidades no processo de concessão do empréstimo de R$ 400 milhões da Caixa Econômica Federal para a construção da Arena Corinthians. A magistrada cita, entre outras coisas, o alto valor do financiamento, a falta de garantias concretas e a ausência de licitação para contratação da Odebrecht. Cabe recurso, e o Corinthians já informou que vai recorrer.

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