Walter, Kazim, Giovanni Augusto… os heróis improváveis do hepta do Corinthians

  • Por Jovem Pan
  • 15/11/2017 23h44 - Atualizado em 16/11/2017 00h24
Reprodução / Twitter / Corinthians Romer

O corintiano que falou, no começo do ano, que o Timão terminaria a temporada com os títulos do Campeonato Paulista e do Brasileirão certamente foi motivo de piada entre os rivais. Porém, superando a alcunha de “quarta força”, o Corinthians rapidamente se tornou o time a ser batido e perseguido no torneio nacional.

A conquista improvável do heptacampeonato brasileiro, confirmada nesta quarta-feira (15) em cima do Fluminense, foi repleta de momentos marcantes e de personagens tão improváveis quanto. Desde o desacreditado Jô, que voltou ao seu time de origem para ser um dos artilheiros do Campeonato, até o treinador Fábio Carille, aposta da diretoria que entrou no hall dos mais novos técnicos a ganhar um Brasileirão.

Confira sete “heróis improváveis” que ajudaram o Corinthians a alcançar o heptacampeonato nacional:

Clayson

Contratado após o fim do Campeonato Paulista, quando ajudou a Ponte Preta a chegar à final do Estadual, Clayson chegou para ser um reserva de Jô ou Romero, mas foi conquistando seu espaço no time. Tratado como um talismã por Fábio Carille, o atacante entrou no segundo tempo em vários jogos para incendiar a partida. A estratégia deu certo e Clayson foi decisivo logo em seu primeiro gol, no empate contra o São Paulo, e com os dois que fez em cima do Coritiba.

Fábio Carille

Aposta da diretoria do Corinthians para um ano que até então seria modesto, sem disputa da Libertadores e sem grandes investimentos, Fábio Carille surpreendeu ao conquistar o Paulistão e se tornou ainda mais respeitado com o primeiro turno devastador feito pelo Alvinegro. Calmo, não se irritou durante os tropeços do seu time e se manteve fiel ao seu estilo de jogo. Carille chegou a ter resultados melhores que o “mestre” Tite, como o melhor desempenho em clássicos desde 2010 – uma derrota em 12 jogos.

Divulgação / Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

Giovanni Augusto

O meia teve um ano bem mais discreto que o de 2016. Com a chegada de Jadson e a queda no rendimento, atuou em apenas nove partidas durante todo o Brasileirão, apenas duas como titular. Mas foi na semana passada que ele provou porque ainda era usado por Carille. Giovanni entrou no segundo tempo da partida contra o Atlético-PR e marcou o único gol da partida, que fez o Corinthians voltar a abrir uma vantagem de oito pontos sobre o vice-líder Grêmio.

Jô não vivia o melhor momento da carreira desde a Copa do Mundo. Ficou encostado no Atlético-MG e teve um semestre apagado na China. Assim, voltar ao time que o revelou não parecia uma má ideia, apesar de muita gente apontar que era uma aposta arriscada do Corinthians. Além de mostrar que ainda joga muito e de ser uma das peças essenciais na busca pelo título, o atacante assumiu a artilharia do Campeonato no duelo decisivo contra o Fluminense ao marcar dois gols de cabeça, algo até então inédito na competição.

LÉO PINHEIRO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Kazim

Com um desempenho quase imbatível, era possível que o corintiano tivesse a quem cornetar? Tinha! Kazim. O carismático atacante turco teve momentos ruins durante o Campeonato, principalmente quando precisava entrar no lugar de Jô. Porém, para alívio dos torcedores, sua sorte mudou. Se o Corinthians ergueu a taça nesta quarta-feira, muito se deve ao gol de peito marcado por ele no último sábado em cima do Avaí.

Romero

Romero sempre foi bem quisto pelos torcedores, porém foi caindo de rendimento nos últimos meses. O paraguaio ficou 23 jogos sem marcar gols e chegou a ser tão “querido” quanto Kazim. Seu ponto de virada, que também ajudou o Corinthians a ficar mais próximo da taça, foi diante do rival Palmeiras, com direito a selfie e novo isolamento na liderança.

Walter

Walter era para ser o goleiro titular do Corinthians desde o começo da temporada, mas as boas atuações de Cássio, que lhe renderam uma vaga na Seleção, voltaram a colocá-lo no banco. Em meio a boatos de uma transferências para o São Paulo, Walter foi exigido uma única vez no ano, justamente por conta de uma convocação de Cássio, e mostrou que poderia ser o titular ao defender um pênalti contra o Atlético-PR. O goleiro só não está no pôster do título porque, nesta mesma partida, sofreu uma lesão na coxa e precisou passar por uma cirurgia.

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