Arce diz que Felipão não mudou desde 99, mas teve força para recomeçar após “7 a 1”

  • Por Jovem Pan
  • 24/10/2018 09h49
Conmebol/ Reprodução Arce treinou a seleção do Paraguai e agora está em time da Arábia Saudita

Após ser campeão da Copa Libertadores de 1999, pelo Palmeiras, Luiz Felipe Scolari passou a ser um dos técnicos mais respeitados do Brasil. Porém, depois da Copa do Mundo de 2014, quando a Seleção Brasileira perdeu por 7 a 1 para Alemanha na semifinal, Felipão passou a ser visto com desconfiança. E de acordo com Arce, que foi comandado pelo atual técnico do Verdão, o gaúcho não mudou muito durante todo esse período. Ele só precisou mostrar muita força para recomeçar a carreira.

Antes do confronto entre Palmeiras e Boca Juniors, pela semifinal da Libertadores de 2018, Arce comentou sobre as chances de Felipão no Palmeiras e também falou sobre o trabalho que desenvolve como técnico do Al Ohod, que fica na cidade de Medina, na Arábia Saudita.

Como foi a conquista com o Palmeiras na Libertadores de 1999? 

Nós tínhamos praticamente dois times. Eram dois jogadores de muita qualidade por posição. Acho que o ano anterior foi fundamental para a conquista. Eu me lembro de tudo perfeitamente até hoje. O professor Luiz Felipe falava para a gente que a Copa Mercosul (torneio que foi substituído pela Copa Sul-Americana) seria uma espécie de teste, uma prova. Alguns tinham experiência, mas muitos não haviam jogado a Libertadores muitas vezes. Por isso, a Mercosul seria um experimento para o ano seguinte. Fomos tão bem que ganhamos a Mercosul e ganhamos a Libertadores um ano depois.

O que mudou no Felipão de hoje em relação ao da campanha de 1999?

Acho que ele não mudou muito. Ele se reinventou a cada dificuldade, especialmente após a Copa do Mundo, em 2014. Ele teve a força e o espírito para recomeçar depois de ter feito praticamente toda a carreira. Ele voltou a treinar, foi para o Grêmio e depois foi trabalhar lá fora de novo (no futebol chinês). Felipão transmite essa segurança e essa força para os grupos com os quais trabalha. Isso é fundamental para grandes campanhas

Como avalia o Palmeiras semifinalista?

O time vive uma sequência espetacular. Scolari sabe controlar a ansiedade principalmente nesta fase da competição. É possível que vá à final. E poderemos ter um confronto entre brasileiros.

Como tem sido trabalhar na Arábia Saudita?

Tem sido uma experiência diferente. Em muitos aspectos, tem sido muito bom. É diferente do que estamos acostumados em relação aos hábitos, língua e tudo o que temos ao redor para trabalhar. Viver aqui não é tão complicado. Temos tudo de melhor. Além disso, somos pacatos para viver a nossa vida.

Com Estadão Conteúdo

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