Bastidores do deca: pai de Deyverson revela reunião decisiva com Felipão

  • Por Allan Brito/ Jovem Pan
  • 26/11/2018 15h48 - Atualizado em 26/11/2018 16h03
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Palmeiras/ Divulgação “O Felipão teve a leitura total dele. Deu um chá de maracujá antes do jogo (risos)", disse Carlos Roberto

Deyverson se tornou o grande herói do Palmeiras neste domingo (25). Mas a caminhada até esse momento foi longa, já que ele se envolveu em algumas polêmicas e foi criticado pela torcida. Quem acompanhou tudo de perto foi a família do jogador – que revelou à Jovem Pan que Felipão foi decisivo para resolver tudo isso. O técnico chegou até a se reunir com o pai do atacante para entendê-lo melhor.

A iniciativa partiu de Zé Roberto, assessor técnico do Palmeiras. Ele ligou para Anderson Brum, irmão de Deyverson, que intermediou o contato. O pai, Carlos Roberto, então, foi até a Academia de Futebol junto com outro filho, Leandro, e falou com Felipão sobre a personalidade do atacante.

“Batemos um papo. O Felipão quis conhecer a família do Deyverson. Eu me senti honrado e feliz. Falei que o Deyverson sempre foi aquele elétrico, meio doido. Mas é um ser humano de uma alma que nunca vi igual. Não tem vaidade e não tem estrelismo”, elogiou o pai.

Carlos acredita que esse estilo polêmico vem da criação mesmo: “Ele brinca muito. E aquilo é dele mesmo. Acho que ele puxou para mim, porque também sou muito elétrico”. O irmão Anderson reforça a mesma ideia: “A gente é ignorante. Mas não no lado ruim. No lado explosivo. Os pais e os 3 irmãos são assim. Minha mãe que apagava o fogo. Mas era tudo com carinho e cuidado, resolvendo os problemas na mesma hora”.

Segundo o pai, Felipão entendeu isso e soube resolver o problema com Deyverson através de carinho, atenção e até orientações táticas: “O Felipão teve a leitura total dele. Deu um chá de maracujá antes do jogo (risos). E fez a leitura que o Deyverson queria ajudar a zaga e ajudar lateral. E o Felipão falou ‘tu tem que fazer gol, não tem que correr lá atrás’. E ele tem que correr é do meio para frente mesmo”, comentou o pai.

Além dos gols, Deyverson também chamou atenção por provocar rivais e simular faltas em jogos importantes. Isso rendeu uma bronca inusitada de Carlos: “A gente falou: ‘você é visto pelo mundo todo e fica dando essas presepadas’. Falei para ele não ser o parceiro do Neymar no que não deve”.

Depois de tanta atenção, Deyverson ficou mais centrado e fez o gol decisivo no jogo do título. O pai conta que o filho ficou muito emocionado: “Ele me falou que nem acreditava. Nem sabia como comemorar. Parece que às vezes não caiu a ficha que ele não é mais o Deyvinho. Ele é o Deyverson!”.

Carlos é vascaíno, mas diz que não se importou ao ver o filho fazer gol contra o time cruzmaltino nos 2 jogos: “Não tem isso. É uma coisa que não tem explicação a emoção de ver um filho fazer um gol assim. Passa vários filmes na tua cabeça. Passa aquele início difícil, a apresentação no clube. E também o que ele sofreu no Belenenses, que ele ficava chutando a bola atrás do gol. Ele queria desistir. Eu disse: ‘Não desiste. Os caras estão te pagando. Treina e não desiste’”.

Já o irmão Anderson é flamenguista e também não se importou com as provocações dos palmeirenses: “Eu era flamenguista. Mas descobri que sou mais palmeirense que flamenguista. E essas provocações nem chegam para mim. Falo que sou palmeirense desde pequenino e fui campeão, enquanto eles ficaram no cheirinho”, brinca Anderson, no melhor estilo Deyverson.

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