Intenso e inspirado, Palmeiras “dá aula” e tem melhor atuação do ano; veja análise
Sem a bola, intensidade e inteligência no encurtamento de espaços. Com ela, agilidade, movimentação e técnica. O mantra que Tite carrega há alguns anos foi seguido à risca pelo Palmeiras de Roger Machado na última quarta-feira, no Allianz Parque. O time alviverde fez uma partida perfeita e “gastou a bola” na vitória por 5 a 0 sobre o Novorizontino, pela volta das quartas de final do Campeonato Paulista.
Em que se pese a desmotivação da equipe rival, que perdera por 3 a 0 na ida e viu ruir qualquer chance de remontada ao levar um gol ainda antes dos 5 minutos na volta, o Palmeiras deu uma aula e teve, sem dúvidas, a melhor atuação do ano.
O primeiro tempo acabou com triunfo alviverde por 4 a 0. Insaciáveis, os donos da casa asfixiaram o Novorizontino no campo de defesa e deixaram a equipe do interior tonta com tamanha fluidez na construção de jogadas.
Lucas Lima mandou no meio-campo e jogou a bola que já o levou à Seleção; Marcos Rocha e Victor Luís tiveram mais uma atuação de encher os olhos; Dudu voltou a justificar o status de “líder” do time; e Willian deu nova dinâmica ao ataque como referência no lugar do ausente Borja.
Isso para não falar de Keno, insinuante como sempre pela ponta esquerda; Felipe Melo, que novamente chamou a atenção pela segurança na marcação e qualidade na iniciação das jogadas; e do revigorado Bruno Henrique, que se movimentou demais na intermediária e outra vez balançou as redes – já são três gols nos últimos seis jogos.
Atento e agressivo sem a bola e criativo e ousado com ela, o Palmeiras apresentou repertório chocante. Não à toa, recebeu calorosos elogios do técnico Roger Machado. “Fiquei muito satisfeito com essa intensidade do nosso jogo, por nossos atletas entenderem que nessa fase é importante evoluir dentro de campo. Intensidade, concentração e jogo coletivo acima de tudo são aspectos importantes. Mais uma vez, o jogo coletivo vai bem e muitas individualidades aparecem”, afirmou.
“O jogo estava encaminhado em função do bom resultado fora de casa, mas não estava definido. O trabalho todo foi justamente em cima dessa questão. O que ficou de relevante foi o Willian desde o começo do jogo e a engrenagem funcionar bem. Importante que, sem o atacante, os outros tenham o desejo de estar próximos da área. O Keno tem isso, o Dudu também, como aconteceu hoje. Isso me deixou bem feliz”, acrescentou.
Franco favorito ao título paulista, o Palmeiras agora aguarda o adversário das semifinais. São Paulo e Corinthians já estão descartados. O Santos é o rival mais provável, enquanto apenas uma classificação do Bragantino nos pênaltis nesta quinta-feira, em Itaquera, confrontaria o time alviverde com a equipe do interior – veja todos os cenários possíveis aqui.
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