Leila acena com mais R$ 50 milhões ao Palmeiras e promete que será candidata a presidente

  • Por Estadão Conteúdo
  • 17/05/2018 13h45
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Divulgação/Palmeiras Divulgação/Palmeiras Leila Pereira disse que pessoas têm medo de concorrer com ela

A batalha nos bastidores do Palmeiras antes da votação na próxima segunda-feira (21) sobre a alteração do estatuto do clube tem um novo capítulo nesta quinta-feira (17). Defensora da mudança no tempo de mandato presidencial de dois para três anos, a empresária e patrocinadora do clube, Leila Pereira, dona da Crefisa, promove jantar em São Paulo para cerca de 200 conselheiros convidados e indica a possibilidade de ampliar investimentos em caso de êxito na empreitada.

A polêmica interna sobre a alteração do tempo de mandato do presidente do Palmeiras se divide em duas correntes. Uma delas defende que o cargo seja ocupado por três anos com possibilidade de uma reeleição. A outra quer dois anos de mandato com a chance de duas reeleições. As diferentes visões sobre o tema opõem figuras políticas rivais. Entre os defensores do triênio, estão o atual presidente, Mauricio Galiotte, e Leila Pereira. Do outro lado, está o ex-mandatário Mustafá Contursi.

Em entrevista exclusiva ao Estado, a dona de Crefisa disse estar empenhada em aprovar a mudança por considerá-la mais favorável à governabilidade. “No Palmeiras, quem defende esses dois anos é porque gosta de propagar o caos. Em um ano, o presidente entra, se ajeita, e no segundo ano, já precisa sentar e negociar cargo com lideranças de grupos políticos”, explicou.

Críticos da mudança afirmam que a alteração do estatuto e a adoção do novo sistema já para o vencedor do pleito do fim deste ano configura uma luta para beneficiar a si próprio. Se de fato o mandato de três anos for aprovado, permitirá a Leila concorrer ao cargo já em 2021, fator que na opinião dela contribui para a novidade não ser acolhida.

“Querem me tirar o direito de participar de um processo super democrático. Se não puder ser candidata em 2021, serei na próxima eleição, seja contra quem for. Não tenho medo de concorrer. As pessoas é que têm medo de concorrer com a Leila”, afirmou a empresária, eleita conselheira do Palmeiras em fevereiro do ano passado. “Vou continuar lutando. Ninguém vai me segurar no Palmeiras”, completou.

A decisão sobre a mudança no estatuto será definida em votação dos 280 conselheiros na segunda-feira. Para angariar apoio ao projeto, nas últimas semanas Leila realizou reuniões convidou colegas para embarcarem em seu avião particular para ver jogos do time fora de casa em Buenos Aires e Curitiba, por exemplo.

“Eu não estou comprando o apoio de ninguém. As pessoas que estão comigo apoiam o conceito, a ideia, e não a Leila. Sobre as minhas viagens, em que levo conselheiros, eu sempre fiz. Anteriormente a todo esse assunto da alteração do estatuto, sempre viajei. Eu tenho um avião grande e não vou viajar sozinha com meu marido”, explicou a empresária.

Leila afirmou que a aprovação do mandato de três anos ajudaria a ampliar os investimentos da Crefisa para o Palmeiras. De acordo com a empresária, a mudança, se acompanhada de outros ajustes no estatuto, abre oportunidade para o clube receber mais incentivos pela Lei de Incentivo ao Esporte, que tem como uma das exigências contribuir com entidades esportivas que têm mandatos de presidente com apenas uma reeleição prevista.

“Eu consigo direcionar um valor para os esportes amadores do clube. Posso desembolsar uma quantia ao clube de mais de R$ 50 milhões”, disse a empresária. Aliada do atual presidente Mauricio Galiotte, Leila promete renovar o contrato de patrocínio caso o mandatário seja reeleito no fim do ano. “Se o Mauricio entrar, esse contrato está renovado automaticamente. Se não for, vou precisar conversar, ver quem é o presidente. O contrato de patrocínio é de um valor exorbitante, que eu proporciono com muito prazer. Tenho o direito de saber se o dinheiro está sendo bem gerido”, comentou.

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