Leila diz que investe R$ 100 milhões por ano no Palmeiras e critica “fogo amigo”
Leila Pereira é presidente da Crefisa, patrocinadora do Palmeiras que ganhou muita visibilidade por ajudar o clube com contratações e pagamento de salários nos últimos anos. Normalmente ela faz mistério sobre os valores investidos no clube, mas nesta quinta-feira (5) ela resolveu falar: em entrevista ao canal Sportv, ela disse que costuma colocar aproximadamente R$ 100 milhões por ano no Verdão. E apesar de achar que vale a pena, ela criticou alguns conselheiros do clube.
Leila foi questionada por Cléber Machado sobre o valor dos investimentos e abriu o jogo: “não gosto de falar em valor. Mas já que você é um rapaz muito simpático, vou falar: é em torno de R$ 100 milhões por ano que investimos no Palmeiras. Isso engloba contrato de patrocínio, ajuda em pagamentos de salários de jogador, premiação de títulos que o Palmeiras conquistar, e também meu relacionamento com o Palmeiras não é de patrocinador, é de parceria”.
Ela explicou que, com esse alto investimento, ganhou muito mais visibilidade do que qualquer outro patrocinador: “com relação à visibilidade, não tenho dúvida que dá retorno, tanto que estou aqui conversando com você. Sempre fui presidente e nunca dei entrevista. Fico feliz. Veja a visibilidade que dá o futebol. Quando as pessoas estão me vendo aqui, estão pensando no patrocinador. Os milhões de telespectadores que estão assistindo estão pensando na empresa. Essa visibilidade eu não tinha anteriormente, apesar de ser uma grande investidora”, explicou Leila.
A investidora só reclamou do clube quando teve que falar sobre a resistência que enfrenta de alguns conselheiros. Nesta quinta-feira (5), por exemplo, o jornal Folha de S. Paulo divulgou que o Conselho de Orientação Fical (COF) do Palmeiras quer uma renegociação dos vínculos com a Crefisa. Eles entendem que o clube deve R$ 120 milhões à empresa e precisa parar de fazer negociações da forma como são feitas atualmente.
Leila disse que não é bem assim. Ela explicou que contratou jogadores, mas só precisa receber de volta o valor que foi investido quando eles forem negociados. E se não forem, o clube terá que devolver o valor da negociação inicial dentro de dois anos.
“Quando o Palmeiras precisava de recurso para adquirir um jogador, eu aumentava o patrocínio e adquiria outras propriedades de marketing. Esse contrato sempre existiu. Eu adquiria essas propriedades de marketing e, com esse dinheiro, o Palmeiras comprava o jogador. Em caso de venda do jogador, o Palmeiras teria que devolver esse dinheiro pra gente. Se vendesse com lucro, o Palmeiras ficaria com o lucro. Se vendesse com prejuízo, eu arcaria com o prejuízo”.
Leila afirmou que a Crefisa já teve problemas com a Receita Federal por causa de uma denúncia interna e criticou esse frequente “fogo amigo” que ronda o Verdão: “Cria-se esse clima, porque o Palmeiras tem pessoas que não conseguem ver tudo apaziguado. É o maior patrocínio da história do futebol brasileiro. Sem o patrocinador, jamais teríamos o elenco que temos hoje”, concluiu.
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