Mattos nega propostas e fala em segurar Dudu ‘por muitos anos’ no Palmeiras

  • Por Jovem Pan
  • 30/11/2018 11h34 - Atualizado em 30/11/2018 11h45
Luis Moura/Estadão Conteúdo Alexandre Mattos concedeu entrevista exclusiva à Jovem Pan após a conquista do decacampeonato brasileiro

Em entrevistas após a conquista do decacampeonato brasileiro, Dudu deixou o futuro em aberto. Nem disse querer sair do Palmeiras, nem garantiu permanência no clube alviverde. O desejo da diretoria palmeirense, no entanto, está bem claro. Em entrevista exclusiva ao locutor Fausto Favara, da Rádio Jovem Pan, o diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, rasgou elogios a Dudu, disse que o camisa 7 está feliz no clube, negou ter propostas por ele e falou em segurá-lo no Verdão ‘por muitos anos’.

“O Dudu é um cara bastante importante no projeto do Palmeiras, que começou lá em 2015… A gente conseguiu colocar uma pontinha verde no coração dele, para ele acreditar no projeto e vir para o Palmeiras. É um ídolo, um jogador que tem uma relevância enorme, tem contrato com o Palmeiras até o fim de 2022 e está feliz. Ninguém consegue produzir o que ele produziu sem estar feliz”, afirmou Mattos.

“E o Palmeiras também está feliz”, acrescentou. “Nesse momento, não temos nenhuma proposta e nenhum negócio caminhando em relação a uma possível saída do Dudu. O que a gente espera é que ele fique muitos anos no Palmeiras. Se em algum momento isso se romper, é porque foi bom para o Dudu e bom para o Palmeiras. Mas não é o que a gente quer e nem o que a gente pensa”, complementou.

Alexandre Mattos também abriu o jogo sobre outros assuntos. Fez um balanço do ano do Palmeiras, disse esperar um casamento ainda mais “duradouro” entre clube e Crefisa, defendeu o investimento feito em Miguel Borja e exaltou o “iluminado” Luiz Felipe Scolari, de quem disse ser “presidente do fã-clube”. Além disso, fez uma perspectiva para a próxima temporada.

Confira, abaixo, a entrevista exclusiva concedida pelo diretor de futebol alviverde a Fausto Favara:

Balanço de 2018

“O Palmeiras fez um ano bom. Conquistou o campeonato mais importante do Brasil e disputou todas as competições com possibilidade de vencer. Chegamos a uma semifinal de Libertadores após quase 20 anos… E, no mata-mata, a gente sabe: às vezes, um dia, uma bola, uma bola-parada, um erro de arbitragem… Tem esse fator. O Palmeiras veio forte, e a gente fecha o ano de maneira excelente, com um decacampeonato para a história do clube. Esperamos continuar nessa evolução para os próximos anos.”

Felipão

“São 70 anos, mas, como ele mesmo disse, fazendo as mesmas coisas dos meninos de 20, né? Só talvez não com a mesma volúpia (risos). Eu, particularmente, já era fã do Felipão. Agora, sou mais do que fã… Acho que sou o presidente do fã-clube dele. Não só pelo trabalho, mas, principalmente, pelo homem que ele é. Um cara extremamente agregador, profissional, alegre, mas que também sabe levar as coisas bastante a sério. O segredo do sucesso dele é esse. O ambiente com ele fica leve, de muita responsabilidade com o trabalho, mas também tendo o lado humano, família, que a gente sempre percebeu na história dele… Acho que o Palmeiras, naquele momento da saída do Roger, teve a visão bem clara do que precisava, do que faltava e o que o Felipão trouxe com maestria. É, sem dúvida alguma, uma pessoa iluminada.”

Borja

“O Miguel é um jogador que, quando chegou ao Palmeiras, era uma unanimidade. Desconheço alguém que tenha dito ou pensado algo diferente de que se tratava de um grande jogador. Ele foi eleito o o Rei da América… É um jogador que motivou um grande investimento do Palmeiras e que vem evoluindo a cada ano. Nesse ano, por exemplo, ele foi bem melhor do que no ano passado. É um jogador que tem algumas situações táticas em evolução. É um grande finalizador, um cara carismático, excelente de grupo, um ótimo jogador. Em muitos jogos, foi muito bem mesmo sem fazer gol. A preocupação dele deixou de ser só fazer gol e se tornou também ajudar a equipe. E ele vem ajudando… Foi bastante importante na temporada e vai ter ainda mais relevância dentro do grupo.”

Borja, palmeiras

Problemas disciplinares de Deyverson e Felipe Melo

“A gente foi se ajustando. Sendo amigo quando precisava ser, mas cobrando quando precisava cobrar… Sendo correto, direto, profissional. O Deyverson é um cara de coração enorme, um cara puro. E o Felipe Melo, idem. Ele é um baita de um profissional, um baita de um ser-humano. A gente foi ajustando, não só com eles, mas com todos.”

Crefisa

“A Leila, o Zé (Roberto Lamacchia), a Crefisa e a FAM são fundamentais para o Palmeiras. Não à toa, desde a chegada deles, o Palmeiras vem evoluindo a cada ano. Não só com conquistas, mas com uma estruturação cada vez melhor. O time estando bem, o torcedor anima e tem presença massiva em campo. É um ciclo interessante e feliz que o Palmeiras vem vivendo. As pessoas que estão por trás da patrocinadora querem apenas o bem do clube. Não interferem, não atrapalham em absolutamente nada, pelo contrário, só ajudam… É um casamento que, quanto mais duradouro for, melhor será para o clube.”

Dudu

“O Dudu é um cara bastante importante no projeto do Palmeiras, que começou lá em 2015… A gente conseguiu colocar uma pontinha verde ali no coração dele, para ele acreditar no projeto e vir para o Palmeiras. É um ídolo, um jogador que tem uma relevância enorme, tem contrato com o Palmeiras e está feliz. Ninguém consegue produzir o que ele produziu sem estar feliz. O Palmeiras também está feliz. Nesse momento, não temos nenhuma proposta e nenhum negócio caminhando em relação a uma possível saída. O que a gente espera é que ele fique muitos anos no Palmeiras. Se em algum momento isso se romper, é porque é bom para o Dudu, para o Palmeiras. Mas não é o que a gente quer e nem o que a gente pensa.”

Perspectiva para 2019

“A perspectiva é de continuar evoluindo. No futebol, não podemos nunca parar. Temos de muitas vezes nos reinventar e evoluir, de uma maneira drástica ou não. No caso do Palmeiras, nós fizemos isso em 2015, de uma maneira drástica, e, depois, fomos gradativamente diminuindo até chegar a esse patamar em que podemos, pontualmente, modificar alguma coisa. Estamos sempre evoluindo e buscando a excelência.”

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