Mesmo perto de título, Palmeiras tem disputa política com vazamentos e acusações

  • Por Jovem Pan
  • 18/11/2018 15h05
César Greco/Agência Palmeiras/Divulgação Maurício Galiotte Galiotte busca reeleição em ambiente turbulento

Mesmo perto do título no Campeonato Brasileiro, o Palmeiras tem problemas nos bastidores. A nova polêmica é o possível vazamento de documentos confidenciais do clube. Opositores teriam feito isso para prejudicar a atual diretoria, que busca reeleição neste final de ano. O atual presidente Mauricio Galiotte pode abrir uma sindicância interna para apurar informações sobre isso.

Os documentos são restritos ao âmbito do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF). Porém, segundo pessoas da atual gestão, membros desse conselho têm espalhado informações confidenciais para sócios, opositores e veículos de comunicação, com o intuito de inflar a campanha política nos bastidores.

A reportagem entrou em contato com o Palmeiras, que afirmou que não se pronunciaria. Porém, uma fonte com participação na gestão confirmou o trabalho.

“Estamos muito próximos de comprovar de onde os dados vazaram. Vamos tomar as medidas internas cabíveis”, disse. O presidente do COF, Carlos Afonso Della Monica, também foi procurado, mas não retornou o contato.

O COF e o presidente Galiotte estão em atrito desde o começo do ano. O órgão tem reprovado mês a mês a prestação de contas da gestão após a diretoria ter assinado com a Crefisa um contrato aditivo para regular a forma de contribuição na contratação de jogadores. O órgão fiscal entende que deveria ter sido consultado antes da alteração. Alguns “cofistas” chegaram a elaborar um documento para sugerir o cancelamento do novo acordo

Aliados da gestão Galiotte entendem que a reprovação no COF é uma motivação política e ressaltam que em votação no Conselho Deliberativo, o novo contrato com a Crefisa foi aprovado. Dentro do clube, o COF é composto em grande parte por aliados do ex-presidente, Mustafá Contursi, atual crítico do mandatário.

Um membro do COF procurado pela reportagem disse não saber da sindicância pretendida pela diretoria e afirmou não existir motivação política nas reprovações das contas. “Estamos reprovando os balancetes por maioria. O balanço será submetido ao Conselho Deliberativo, que poderá rever de modo político a questão. Nós não podemos atuar de forma política”, explicou.

Com Estadão Conteúdo

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