Palmeiras se classificou, mas mostrou defeitos preocupantes para próximos jogos de mata-mata

  • Por Jovem Pan
  • 24/05/2018 08h48 - Atualizado em 24/05/2018 08h56
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Palmeiras/Divulgação Roger Machado deu bronca nos jogadores por terem se acomodado com vantagem

A partir do segundo semestre de 2018, o Palmeiras vai enfrentar jogos de mata-mata bastante complicados e fundamentais para a temporada. E se depender do que o time mostrou nesta quarta-feira (24), no jogo contra o América-MG, dificilmente vai haver sucesso. Apesar de ter se classificado, o Verdão mostrou defeitos que podem ser fatais contra equipes mais qualificadas.

Depois da Copa do Mundo, o Palmeiras vai disputar mata-matas na Copa Libertadores e na Copa do Brasil. Em ambas pode enfrentar equipes de tradição logo de cara, dependendo dos sorteios. Na competição sul-americana, por exemplo, Flamengo, Racing-ARG e Nacional-URU são possíveis adversários. Na competição nacional, Corinthians, Santos e Grêmio podem aparecer pelo caminho, por exemplo.

O principal problema para o Palmeiras, se enfrentar esses times, pode ser a falta de controle mental que o time demonstra muitas vezes. Contra o América-MG, a equipe começou o jogo sem mostrar a intensidade que é necessário em um mata-mata, provavelmente porque tinha grande vantagem – decidia em casa e ia se classificar mesmo com um empate. A equipe só “acordou” após levar um gol e mostrou outro problema mental: ficou afobada, nervosa e apressada. Só depois do 2º tempo o time passou a ter mais frieza para buscar o empate.

O técnico Roger Machado fez um alerta ao time após o jogo: “tem de saber jogar esse tipo de competição, de mata-mata. Não pode entender que ter feito vantagem fora nos dará a vaga. São dois jogos distintos que merecem atenção máxima”.

Outro problema do Palmeiras é a falta de variação de táticas e esquemas de jogos para mudar partidas quando necessário. O time não tem precisado disso com frequência, durante o 1º semestre. Mas diante do América-MG, por exemplo, precisava de uma mudança maior e não tinha opções.

O empate não aconteceu por causa das substituições, que foram bastante óbvias. Roger colocou um meia no lugar de outro meia (Hyoran por Lucas Lima) e um atacante na vaga de outro (Willian por Papagaio). A mudança mais ousada, com a saída do centroavante (Deyverson) e a entrada de um meia (Guerra) é bem conhecida pelos adversários e não surpreende mais. Criar mais alternativas para essas situações deve ser uma das prioridades de Roger Machado durante a pausa para Copa do Mundo.

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