Sommelier de comemoração
Não sou pago para ser torcedor. Sou profissional, não remunerado.
E se você acha que eu faço isso por “dinheiro”, você vale menos que suas sinapses. Não celebro na cabine da Rádio Jovem Pan quando meu time faz gol e não pisco o olho se sofre. Mas celebro como qualquer torcedor fora dela. Não sou pago para ser torcedor e, sim, jornalista.
Como ser desumano, tenho o direito de torcer pelo clube que há 28 anos me fez jornalista por ser há 51 palmeirense. Só que tenho o dever de não distorcer pelo meu time.
Clubista não é quem torce. É quem distorce contra o clube que não torce.
Não é o caso do Vampeta, que comemora nas cabines como deu cambalhota na rampa pentacampeã. É dele. E ele é sensacional como amigo, colega e ídolo. Pode fazer o que fizer. E faz muito bem.
Ele manja muito. Baita coração. E, como Velho Vamp, pode tudo. Como qualquer um pode celebrar. Ou não. E ser respeitado por isso.
Vampeta faz o que bem entender. E entende muito. Mas jamais vou entender, porém, a nova categoria social: sommelier de comemoração de torcida de cabine de rádio.
Paciência…
É mais uma atividade para os paltrolleros: patrulheiros e palmeirenses e trollers – necessariamente nessa ordem.
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