Sommelier de comemoração

  • Por Mauro Beting/Jovem Pan
  • 31/03/2018 11h56 - Atualizado em 31/03/2018 12h09
Reprodução Mauro Beting Mauro Beting desabafou contra aqueles que cobram que ele comemore gols do Palmeiras enquanto está comentando jogos

Não sou pago para ser torcedor. Sou profissional, não remunerado.

E se você acha que eu faço isso por “dinheiro”, você vale menos que suas sinapses. Não celebro na cabine da Rádio Jovem Pan quando meu time faz gol e não pisco o olho se sofre. Mas celebro como qualquer torcedor fora dela. Não sou pago para ser torcedor e, sim, jornalista.

Como ser desumano, tenho o direito de torcer pelo clube que há 28 anos me fez jornalista por ser há 51 palmeirense. Só que tenho o dever de não distorcer pelo meu time.

Clubista não é quem torce. É quem distorce contra o clube que não torce.

Não é o caso do Vampeta, que comemora nas cabines como deu cambalhota na rampa pentacampeã. É dele. E ele é sensacional como amigo, colega e ídolo. Pode fazer o que fizer. E faz muito bem.

Ele manja muito. Baita coração. E, como Velho Vamp, pode tudo. Como qualquer um pode celebrar. Ou não. E ser respeitado por isso.

Vampeta faz o que bem entender. E entende muito. Mas jamais vou entender, porém, a nova categoria social: sommelier de comemoração de torcida de cabine de rádio.

Paciência…

É mais uma atividade para os paltrolleros: patrulheiros e palmeirenses e trollers – necessariamente nessa ordem.

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