Veja times e campanhas dos 10 títulos do Palmeiras no Brasileirão

  • Por Jovem Pan
  • 28/11/2018 10h13
Palmeiras/ Divulgação Palmeiras foi campeão com uma rodada de antecedência em 2018

O decacampeonato do Palmeiras no Campeonato Brasileiro foi construído ao longo de seis décadas. O time acumulou títulos desde 1960 e chegou ao 10º troféu em 2018, com times cheios de craques e campanhas bem diferentes. Por isso vale observar com detalhes cada conquista do Verdão.

Campeonato Brasileiro de 1960

Time base: Valdir de Moraes; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Jorge; Chinesinho e Zequinha; Julinho Botelho, Romero, Humberto e Cruz.
Técnico: Osvaldo Brandão

O Palmeiras se classificou direto para a semifinal porque tinha sido campeão paulista em 1959, superando o Santos de Pelé, Coutinho, Pagão e Pepe. Então enfrentou o Fluminense em dois jogos e venceu por 1 a 0 no placar agregado. Na decisão encarou o Fortaleza e ganhou as duas partidas, com destaque para a goleada por 8 a 2 em São Paulo.

Os artilheiros do time foram Humberto e Romeiro, com três gols, mas outros jogadores daquele time viraram ídolos do Palmeiras, como Valdir de Moraes, Djalma Santos e Julinho Botelho.

Campeonato Brasileiro de 1967 (Robertão)

Time base: Pérez; Djalma Santos, Baldochi, Minuca e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Gallardo, Servílio, César Maluco e Rinaldo.
Técnico: Aymoré Moreira

Neste ano o Palmeiras conquistou os dois campeonatos nacionais disputados. No Robertão terminou como líder da primeira fase, com sete vitórias, cinco empates e duas derrotas. Depois foi para um quadrangular cheio de clássicos, com jogos de ida e volta contra Grêmio, Internacional e Corinthians. O título foi conquistado com vitória sobre o Grêmio por 2 a 1 na última rodada.

O ataque do time era impressionante – foram 39 gols em 20 jogos. César Maluco foi um dos artilheiros, com quinze gols. A dupla de meio-campistas Dudu e Ademir da Guia começou a marcar época no clube. Além do time base de qualidade, o elenco era forte, pois tinha jogadores como Djalma Dias, Dario e Tupãzinho entrando com frequência.

Campeonato Brasileiro de 1967 (Taça Brasil)

Time base: Pérez; Scarela, Baldochi, Minuca e Ferrari; Dudu, Ademir da Guia e Zequinha; Tupãzinho, César Maluco e Lula.
Técnico: Mário Travaglini

Mais uma vez o Palmeiras entrou já na semifinal por ter sido campeão paulista do ano anterior. Precisou de três jogos para eliminar o Grêmio e chegar na decisão. Depois encarou o Náutico e novamente teve que disputar três partidas. Mas o título foi decretado com vitória por 2 a 0, com gols de Ademir da Guia e César Maluco.

O campeonato aconteceu seis meses após o Robertão, então o time já estava ligeiramente modificado, inclusive taticamente, pois era menos ofensivo. Mas a base defensiva e os destaques principais da frente (Dudu, Ademir e César) garantiram a conquista.

Campeonato Brasileiro de 1969

Time base: Emerson Leão; Eurico, Baldochi, Nelson e Zeca; Dudu, Jaime e Ademir da Guia; Edu Bala, César Maluco e Pio.
Técnico: Rubens Minelli

Depois de um início ruim, o Palmeiras terminou como líder da primeira fase, com nove vitórias, um empate e seis derrotas. Foi para o quadrangular final contra Corinthians, Cruzeiro e Botafogo. O rival paulista era o favorito, mas ficou em terceiro. O título foi conquistado por muito pouco, por ter saldo de gols maior que do time mineiro.

Mais uma vez César Maluco foi o grande goleador do time, agora com 13 gols. Dudu e Ademir ganharam a velocidade de Edu Bala na criação das jogadas ofensivas. E a defesa estava fortalecida com a contratação do goleiro Emerson Leão, fundamental na conquista.

Campeonato Brasileiro de 1972

Time base: Emerson Leão; Eurico, Alfredo, Luis Pereira e Zeca; Dudu, Ademir da Guia e Leivinha; Edu Bala, César Maluco e Nei
Técnico: Osvaldo Brandão

A melhor fase da Academia palmeirense começou aqui, quando Dudu e Ademir estavam no auge, contavam com uma defesa forte (e um grande goleiro) por trás e tinham grandes parceiros no ataque. Leivinha aproveitava as boas jogadas dos pontas Edu Bala e Nei (Ronaldo participou bastante também) e assim virou ídolo e foi decisivo.

Mas a competição não foi fácil. Depois de vencer uma primeira fase equilibrada, o Palmeiras passou apertado no Grupo 2, por ter feito dois gols a mais que o São Paulo. Na semifinal e na final empatou com Internacional e Botafogo, respectivamente, ficando com o título por ter feito a melhor campanha até ali.

Campeonato Brasileiro de 1973

Time base: Emerson Leão; Eurico, Alfredo, Luis Pereira e Zeca; Dudu, Ademir da Guia e Leivinha; Ronaldo, César Maluco e Nei.
Técnico: Osvaldo Brandão.

A Academia incorporou novos jogadores e passou a ter um elenco de dar inveja a qualquer clube. O time base era forte e ainda tinha reservas de qualidade, como Edu Bala, Pio, Fedato e Polaco. Isso foi decisivo, pois o Campeonato Brasileiro estava cada vez mais inchado (teve 40 times) e só terminou em 1974.

Com esse elenco, o Palmeiras conseguiu liderar tanto a primeira fase quanto a segunda. No quadrangular final comemorou o título após um empate com o São Paulo no Morumbi.

Campeonato Brasileiro de 1993

Time base: Sérgio; Cláudio, Antônio Carlos, Clebão e Roberto Carlos; Cesar Sampaio, Mazinho e Zinho; Edmundo, Evair e Edílson.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Depois de uma longa espera, finalmente o Palmeiras voltou a ser campeão. E foi com um time cheio de astros, montado com ajuda da parceira Parmalat. A defesa era forte e sustentava um meio-campo muito criativo e técnico, além de um ataque rápido e matador. E havia um elenco forte, com Tonhão, Amaral, Flávio Conceição, Sorato e Maurílio saindo do banco com frequência.

Cheio de confiança após os títulos do Campeonato Paulista e do Rio-São Paulo, o Palmeiras foi para o Brasileirão cheio de confiança e fez uma campanha impressionante: em 22 jogos, venceu 16, empatou quatro e perdeu apenas dois. Venceu os dois jogos contra o Vitória na final e fez a festa no Morumbi lotado. E foi só o começo…

Campeonato Brasileiro de 1994

Time base: Velloso; Cláudio, Antônio Carlos, Clebão e Roberto Carlos; César Sampaio, Flávio Conceição e Zinho; Edmundo, Evair e Rivaldo.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Após um começo irregular, o time venceu os dois jogos no mata-mata contra Bahia e Guarani. Assim chegou na final para enfrentar o rival Corinthians. Ganhou a primeira partida por 3 a 1 e fez um segundo jogo nervoso, com expulsões e gol no final. O título marcou uma geração de palmeirenses.

O Palmeiras perdeu alguns jogadores importantes, mas a chegada de Rivaldo foi decisiva na reta final. Velloso foi o goleiro dessa vez e brilhou. Edmundo e Evair estavam cada vez melhores. Wagner, Paulo Isidoro e Alex Alves também foram importantes para reforçar o elenco.

Campeonato Brasileiro de 2016

Time base: Jailson; Jean, Vitor Hugo, Yerry Mina e Zé Roberto; Thiago Santos, Tchê Tchê e Moisés; Róger Guedes, Gabriel Jesus e Dudu.
Técnico: Cuca.

Foi o primeiro título do Palmeiras na era dos pontos corridos e acabou com mais um longo jejum. A base do time começou a ser montada em 2015, quando o clube contou com recursos financeiros vindos do presidente Paulo Nobre, da patrocinadora Crefisa e do reformado Allianz Parque. Mas Cuca teve reforços importantes em 2016, como Yerry Mina, Moisés, Tchê Tchê e Róger Guedes. O goleiro Jailson foi uma surpresa e deu conta da missão de substituir Fernando Prass no meio do campeonato. Na frente os grandes destaques da campanha foram Gabriel Jesus e Dudu.

A campanha do Palmeiras foi consistente, pois desde o começo o time mostrou que tinha condições de ser campeão. Ganhou o 1º turno com boas atuações e depois caiu de qualidade, mas se concentrou em somar pontos e conseguiu ficar invicto quase até o final. Atlético-MG, Flamengo e Santos tinham bons times, jogaram bem em alguns momentos do campeonato e brigaram pelo título, mas só serviram para valorizar a conquista alviverde.

Campeonato Brasileiro de 2018

Time base: Wéverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Victor Luís; Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima; Willian, Deyverson e Dudu.
Técnico: Felipão

A força do elenco foi decisiva para o título. O time disputou 3 competições ao mesmo tempo, até as fases finais, por isso teve que utilizar jogadores que eram considerados reservas. Mas eles mostraram valor, deram conta do recado e levaram o time à liderança. Houve um grande revezamento entre os titulares. Marcos Rocha, Edu Dracena, Antônio Carlos, Diogo Barbosa, Thiago Santos, Moisés e Borja não entram no time base, mas também tiveram participações importantes no título.

Esse revezamento, para aproveitar a força do elenco, só começou quando Felipão assumiu o time, no meio do campeonato. Ele fez a equipe evoluir e ficar invicta até garantir a taça, com uma campanha histórica no 2º turno. Foi a grande redenção de Felipão após passagens ruins pelo próprio Palmeiras e também na Seleção Brasileira.

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