PGR pede que investigação contra Ricardo Teixeira seja encaminhada ao Brasil

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/07/2017 22h02 - Atualizado em 24/07/2017 22h05
Divulgação/FIFA Ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira é acusado de chefiar um esquema de corrupção envolvendo os jogos da Seleção Brasileira

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira que seja encaminhada ao Brasil a investigação conduzida por autoridades espanholas contra Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O ex-dirigente é acusado de ser o “principal articulador” de um esquema de desvio de dinheiros de jogos da Seleção Brasileira.

Conforme o jornal O Estado de S.Paulo revelou em 2013, acordos secretos permitiram que a renda dos jogos da Seleção Brasileira fosse desviada para uma empresa em nome de Sandro Rosell, aliado de Ricardo Teixeira e ex-presidente do Barcelona. No mês passado, Rosell foi preso e a Justiça espanhola apontou que parte do dinheiro que ia para sua empresa, a Uptrend, terminava com o próprio Teixeira.

A Procuradoria-Geral da República pede a transferência do processo para que Ricardo Teixeira possa ser julgado no Brasil, considerando que ele tem nacionalidade brasileira e não pode ser extraditado.

Em nota divulgada à imprensa, a PGR informa que as investigações espanholas “apuram ocultação de valores ilicitamente obtidos a partir da venda dos direitos audiovisuais das partidas da Seleção Brasileira de futebol realizada pela CBF em favor da International Sports Events (ISE), empresa sediada nas Ilhas Cayman e detentora do direito de organizar os jogos da Seleção Brasileira de futebol”.

“Segundo informações divulgadas pela imprensa, Ricardo Teixeira e Alexandre Rosell (também conhecido como Sandro Rosell) valeram-se de empresas de fachada e de contas bancárias, estas mantidas especialmente no Principado de Andorra, para ocultarem os valores obtidos a partir da venda dos direitos de transmissão dos jogos da Seleção Brasileira de futebol, em prejuízo da CBF”, disse a PGR.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, a documentação será encaminhada ao Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, “que irá analisar o caso e tomar as medidas cabíveis”.

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