Presidente da Chapecoense diz que jogadores estavam se prevenindo contra a Covid-19
Campeonato Catarinense foi paralisado depois de 14 profissionais da Chape testarem positivo após o clássico contra o Avaí
O Campeonato Catarinense precisou ser interrompido após 14 jogadores e funcionários da Chapecoense testarem positivo para Covid-19, depois do clássico contra o Avaí, na semana passada. Em entrevista ao jornalista Wanderley Nogueira, da Rádio Jovem Pan, o presidente do clube alviverde, Paulo Ricardo Magro, afirmou que os profissionais estavam seguindo o protocolo de segurança antes do surto de infectados pelo novo coronavírus.
“Nos jogadores, apareceu os primeiros casos positivos na última terça-feira, onde os resultados saíram na sexta. Eles foram afastados juntamente com a comissão e seguirão rigorosamente o procolo, que a Federação Catarinense e a Secretaria de Saúde do Estado determinaram. No dia a dia eles tomam cuidado. Eles chegam ao CT de máscara, medem a temperatura na entrada da Arena, álcool em gel… Eles já entram fardados, sem precisar se trocar no vestiário. Eles estão tendo cuidados, mas, infelizmente, ocorreram esses casos. Fora da Chapecoense, eles vão para as suas respectivas casas e eles sabem quais normas cumprir, haja vista que nosso Departamento Médico os orienta”, disse o presidente.
Paulo Ricardo Magro também contou que a Chapecoense fez várias rodadas de testes. No dia do clássico diante do Avaí, de acordo com o mandatário, os atletas passaram por testes rápidos e todos ele deram negativo para Covid-19.
“Fizemos uma desinfecção no CT e também fizemos outra rodada de testes no dia 2 de junho. Já no dia 7 de julho, mais de vinte dias depois, fizemos 50 testes e aí alguns jogadores e membros da comissão técnica testaram positivo. Os afastamos no 7, e no dia 8 teve o jogo do Avaí. Antes da viagem para Florianópolis, levamos todos para um teste rápido, com todos os resultados negativos. O que aconteceu foi isso”, comentou.
O presidente também falou à Jovem Pan como está o processo de indenização do clube com as famílias das vítimas da tragédia da Chaecoense, em novembro de 2016, quando o avião que levava a delegação para a Colômbia caiu e deixou 71 mortos.
“Sobre a LaMia, a CPI da LaMia estava em andamento no Senado Federal. Tive a oportunidade de ir numa reunião a Brasília, onde estão os advogados dos representantes das famílias. E as coisas estavam andando até entrar a Covid-19. Neste período, não teve andamento, mas a CPI deve ser retomada com o envolvimento do governo brasileiro. Sobre as famílias, já teve acordo com 93% das famílias dos jogadores, restando apenas 4 famílias. As outras já foram feitas. A gente já vem pagando, mas nos últimos dois meses não conseguimos fazer o acordado. Estamos tentando fazer uma renegociação, mas a coisa está andando, sim. São acordos para pagar em até oito anos”, detalhou.
Paulo acredita que a empresa indenizará os atletas e a Chapecoense. “Eu acredito que sim [terá indenizações], principalmente para as famílias. E a Chapecoense também, que tem uma ação contra a LaMia em separado, contra o governo boliviano que autorizou o voo, que não era para ser autorizado. Existe uma esperança porque a aeronave tinha seguro e o seguro estava vencido. Mesmo assim, teve falha tanto da LaMia, quanto da seguradora, que poderia ter agido junto com a companhia. Esse avião não podia ter decolado”, comentou.
É o que se fala [a apólice não cumpriria pane seca]. Mas o seguro estava e tinha mecanismos de fiscalização que falharam e deixaram a aeronave fazer esse voo. É uma situação bastante complexa e eu tenho certeza que terá uma indenização para as famílias e para a Chapecoense também. Todos nossos ativos estavam no voo”, finalizou.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.