Presidente do TJD descarta anulação da final do Paulista “por enquanto”

  • Por Jovem Pan
  • 12/04/2018 13h16 - Atualizado em 12/04/2018 13h16
Mauricio Garcia de Souza/ALESP "Não vislumbro nada de anulação de partida por enquanto", afirmou Antonio Olim

O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol (TJD), Antonio Olim, descartou momentaneamente a anulação da final do Campeonato Paulista de 2018, vencida pelo Corinthians contra o Palmeiras, que questiona possível interferência externa irregular na anulação de um pênalti durante o jogo.

“Vamos ouvir todo mundo e depois a gente vai ver o que vai acontecer”, disse. “Mas do jeito que está ali não vislumbro nada de anulação de partida por enquanto. Só no final que nós vamos poder falar, mas está descartado agora, de antemão, até a investigação der prosseguimento (sic), está bem descartado”, afirmou o presidente do TJD em entrevista exclusiva à Jovem Pan na noite desta quarta (11), no intervalo do jogo entre Palmeiras e Boca Juniors.

Olim disse que já distribuiu a representação do Palmeiras pedindo a impugnação da partida, enviou-a ao procurador-geral do TJD, Wilson Marqueti Júnior, que aceitou a denúncia e a encaminhou para a procuradora Priscila Carneiro de Oliveira, responsável pelo caso. O presidente do Tribunal informou que o processo correrá “nos trâmites normais e rápido” e o julgamento já está marcado para o próximo dia 23.

O Tribunal deve ouvir até lá “todas as pessoas envolvidas no dia”: os juízes, o delegado e os auxiliares do delegado.

Ouça a entrevista:

“Dionísio tinha autorização”

Olim garantiu também que o diretor de árbitros da Federação Paulista de Futebol, Dionísio Roberto Domingos, que aparece em vídeo-denúncia divulgado pelo Palmeiras (veja mais abaixo), tinha autorização para estar em campo. Nas imagens do clube, a narração diz que Dionísio “não poderia em hipótese alguma ter qualquer tipo de contato com a equipe de arbitragem”.

O presidente do TJD afirmou que houve uma reunião prévia para “acertar o jogo” na qual foi permitida a presença de Dionísio nos gramados. Olim disse que estavam presentes no encontro os presidentes do Corinthians, Andrés Sánchez e Maurício Galiotte. “A reunião foi filmada e foi autorizado a estar onde ele estava”, disse. “Ele estava ali de comum acordo com todos”.

Oito minutos após marcar um pênalti no segundo tempo de jogo da finalíssima do Paulistão, o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza voltou atrás e desmarcou a falta dentro da área. A decisão foi tomada após conversa com o quarto árbitro, Adriano de Assis Miranda, que tinha visão da jogada.

Imagens posteriormente divulgadas pelo repórter Rodrigo Fragoso, do Esporte Interativo, e pelo Palmeiras, mostraram que o quinto árbitro da partida, Alberto Poletta Masseira, fala com o quarto árbitro antes de este chamar o juiz principal do jogo.

Também será julgado o lançamento de moedas ao campo por torcedores do Palmeiras, informou Olim. A mesma denúncia vai ser analisada no próximo dia 16 em relação à torcida do Corinthians no primeiro jogo da final, em Itaquera.

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