‘Fatos foram distorcidos’, diz advogado do goleiro Bruno sobre ‘mordomias’ na prisão

  • Por Allan Brito/ Jovem Pan
  • 24/10/2018 14h20 - Atualizado em 24/10/2018 14h31
Boa Esporte/ Divulgação Bruno conseguiu progressão de pena por bom comportamento, mas pode ter cometido "falta grave"

Até a semana passada, o goleiro Bruno tinha certeza que sairia para o regime semiaberto em 6 de novembro. Agora essa possibilidade não existe mais, porque foi aberto um procedimento para investigar as supostas mordomias que ele teria no presídio de Varginha, denunciadas por uma reportagem da TV Alterosa. Se for considerado culpado, o jogador terá que ficar muito mais tempo na cadeia. A defesa, no entanto, nega as acusações e acredita que é possível tirá-lo do regime fechado em breve.

Bruno já perdeu o benefício de trabalhar para diminuir a pena, mas o advogado tentará manter a progressão de pena conquistada anteriormente: “Os fatos foram distorcidos. Nós vamos apresentar uma defesa administrativa. Foi instaurado um procedimento administrativo dentro do presídio de Varginha. Nós iremos apresentar a defesa. Uma comissão designada vai apurar os fatos e julgar, após apresentação de todas provas da defesa”, revelou Fabio Gama, advogado de Bruno, em entrevista à Jovem Pan.

Inicialmente Bruno foi condenado a ficar preso por 20 anos e 9 meses, por ter sido mandante no assassinato de Eliza Samúdio. O bom comportamento e os trabalhos feitos na prisão fizeram com que a pena caísse aos poucos. A Justiça estipulou que no dia 6 de novembro de 2018 ele já poderia sair para o regime semiaberto, que deixaria Bruno praticamente livre, pois em Varginha não existe estrutura para que ele durma na cadeia.

Mas tudo mudou na semana passada, quando Bruno foi filmado cercado de mulheres, perto de uma lata de cerveja e usando celular em um local que deveria estar trabalhando. A defesa alegou que as mulheres eram fãs, disse que Bruno não estava bebendo e informou que o local era usado para descanso de presidiários que trabalhava ali perto.

Agora a comissão do presídio de Varginha vai determinar se Bruno sairá para o regime semiaberto ou perderá os direitos conquistados: “O magistrado já suspendeu a progressão de regime até que se apure os fatos. Uma vez apurado e ele absolvido, o magistrado terá que tomar a decisão de colocar o Bruno no semiaberto, conforme impetrado pela defesa. Uma vez condenado, será uma falta grave e isso impedirá a progressão de regime. Ele terá que ficar mais um bom tempo encarcerado”, explicou Fabio Gama. Esse tempo a mais teria que ser calculado posteriormente.

Não há um prazo determinado para que o novo julgamento de Bruno seja realizado, mas com certeza o goleiro não sairá na data que estava prevista.

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