Raio-X: Quem são os favoritos, os craques e as promessas da Copa América? Veja!

  • Por Jovem Pan
  • 14/06/2019 15h54 - Atualizado em 14/06/2019 19h34
Lucas Figueiredo/ CBF Copa América estreia nesta sexta-feira

A Copa América começa nesta sexta-feira (14) com o embate entre a seleção brasileira e a Bolívia, no Estádio do Morumbi, às 21h30 (horário de Brasília). Realizada no Brasil, esta será a 46ª edição da competição, que terá seis sedes.

Fora a casa do São Paulo, o Estádio do Marcanã (Rio de Janeiro) a Arena Grêmio (Porto Alegre), a Arena Fonte Nova (Salvador), o Allianz Parque (São Paulo) e o Estádio Mineirão (Belo Horizonte) são os outros palcos escolhidos para receber algumas das principais estrelas do futebol na atualidade.

As 12 seleções foram divididas em 3 grupos de 4 equipes. Os dois melhores de cada chave avançam às quartas de final. Além deles, os dois melhores terceiros colocados vão ao mata-mata. Veja abaixo o manual feito pela Jovem Pan:

Grupo A: Brasil, Bolívia, Peru e Venezuela

BRASIL

– Expectativa: Favorita, a seleção brasileira conta com o apoio da torcida para voltar a levantar o troféu da Copa América, algo que não acontece desde 2007. Mesmo sem poder contar com Neymar, cortado devido uma lesão no tornozelo direito, o Brasil tem o elenco mais qualificado do torneio.

– Como chega: É bem verdade que a seleção canarinho não marcou amistosos contra rivais poderosos, enfrentando Catar, Honduras e outros países de menor tradição no futebol. Ainda assim, desde a eliminação para a Bélgica na Copa do Mundo, o Brasil soma 9 vitórias, um empate e nenhuma derrota. Pouco renovada em relação ao Mundial, o time alia jogadores tarimbados com algumas novidades interessantes.

– Destaques: Atualmente, Alisson é um dos melhores goleiros do mundo, está com moral após o título da Champions com o Liverpool e é a referência de um forte sistema defensivo. Na mesma situação, Roberto Firmino tem tudo para ser o protagonista do ataque.

– Promessas: Na ausência de Neymar, David Neres (22) pode ganhar mais minutos e ser a grande revelação do torneio. Além dele, o titular Richarlison (22) mostra ser peça importante no esquema do Brasil, sendo o vice-artilheiro da seleção na era pós-Copa do Mundo, atrás apenas de Gabriel Jesus.

BOLÍVIA

– Expectativa: A Bolívia desembarcou em solo brasileiro com poucas pretensões. Com uma única vitória nas últimas sete edições da Copa América, a equipe do altiplano não tem nenhum jogador badalado entre os seus relacionados. Mais uma vez, o objetivo é a classificação para o mata-mata.

– Como chega: O último triunfo da seleção aconteceu em outubro do ano passado, em amistoso contra Myanmar. Esta foi, inclusive, a única vitória dos últimos 16 jogos da Bolívia. Para piorar, o ataque só marcou dois gols nas últimas cinco partidas.

– Destaques: Chumacero é considerado o melhor jogador da Bolívia. Aos 27 anos, ele é a esperança para salvar a equipe de um fracasso. Além do meio-campista, o atacante Marcelo Moreno, que tem passagens por Cruzeiro, Grêmio e Flamengo, é outro nome importante.

– Promessa: Luis Haquín, de 21 anos, é um dos poucos atletas da seleção que não jogam no futebol local. Zagueiro do Puebla, do México, o defensor tem status de bom jogador na Bolívia.

PERU

– Expectativa: Em 2018, o Peru voltou a disputar uma Copa do Mundo após 36 anos. Apostando na continuidade do técnico Ricardo Gareca, a seleção blanquirroja tenta chegar ao menos na semifinal da Copa América.

– Como chega: Os peruanos não conseguiram engrenar após cair na fase de grupos do Mundial disputado na Rússia. Diante de adversários fortes, como Alemanha, Holanda e Colombia, os Incas fracassaram em amistosos realizados recentemente.

– Destaques: Gareca optou por uma convocação mescalada com jovens e atletas mais experientes. Sem dúvida, a grande referência do time é Paolo Guerrero, atacante do Internacional e ídolo nacional.

– Promessa: Jesús Pretell foi uma das novidades da lista do técnico argentino. Com somente 20 anos, o meia do Sporting Cristal é conhecido por ser atrevido com a bola nos pés e gosta de infernizar a defesa adversária. Por ser inexperiente, no entanto, não deverá ser titular no torneio.

Venezuela

– Expectativa: O nível do futebol apresentado pela Vinotinto evoluiu desde a chegada de Raphael Dudamel, treinador que começou a trabalhar nas equipes sub-17 e sub-20 antes de assumir a seleção principal. Ainda assim, uma vaga na semifinal já seria um sonho para os venezuelanos.

– Como chega: Recentemente, a Venezuela venceu os amistosos diante dos EUA e Argentina com autoridade, batendo ambos adversários fora de casa. Esses resultados dão confiança para a equipe.

– Destaques: Com 24 gols, Salomón Rondón é o maior artilheiro da história da Venezuela. Estrela da seleção, o atacante sabe utilizar bem o seu corpo e tem facilidade para balançar as redes.

– Promessa: Goleiro do Millionarios (Colômbia), Wuiker Fariñez tem apenas 21 anos, mas já demonstra muita qualidade e maturidade embaixo das traves. Titular, o jovem passa segurança.

Grupo B: Argentina, Colômbia, Catar e Paraguai

ARGENTINA

– Expectativa: A Argentina tem como único objetivo levantar a taça. Mesmo com uma seleção renovada e com o trabalho do técnico Lionel Scaloni começando, os “Hermanos” contam com Lionel Messi para tentar acabar com a seca de títulos.

– Como chega: Sem levantar uma taça há 23 anos, a Alviceleste chega pressionada. Após uma Copa do Mundo de 2018 decepcionante, a Argentina ainda não emplacou. Derrotas para Brasil e Venezuela neste meio tempo mostram que o time ainda não está entrosado.

– Destaque: Lionel Messi fez uma temporada fantástica, marcando 51 gols em 50 partidas pelo Barcelona. Ainda que venha de duas frustrações impactates, já que o time catalão caiu na Copa do Rei e na Champions League, o camisa 10 é indiscutivelmente a grande estrela e, provavelmente, o melhor jogador do mundo na atualidade.

– Promessa: Lautaro Martínez tem apenas 21 anos, mas já veste as cores da Inter de Milão e demonstra muito talento. Além disso, desbancou nomes de peso para ser convocado.

COLÔMBIA

– Expectativa: Cuellar, volante colombiano que defende o Flamengo, disse que a equipe jogará a Copa América “em busca de um sonho”. O título para a Colômbia não parece ser impossível, mas a perspectiva mais real é uma vaga na semifinal.

– Como chega: Os “Cafeteros” perderam apenas um amistoso desde a eliminação nos pênaltis para a Inglaterra, no Mundial do ano passado. Contudo, Carlos Queiroz, ex-treinador do Irã, assumiu o time apenas em fevereiro, tendo pouco tempo para conhecer os seus comandados e implantar seu estilo de jogo.

– Destaques: James Rodríguez, Cuadrado e Falcao Garcia são os jogadores mais badalados da seleção colombiana.

– Promessa: Mais jovem entre os selecionados, Jhon Lucumí tem apenas 20 anos, mas já encanta. Revelado pelo Deportivo Cali, o zagueiro atualmente é jogador do Genk.

CATAR

– Expectativa: Convidados, os catarianos desembarcam no país em alta, mas com a difícil missão de passar por um grupo com Argentina, Colômbia e Paraguai. Mesmo em boa fase, avançar até as quartas de finais já será motivo de celebração.

– Como chega: Neste ano, o Catar venceu a Copa da Ásia pela primeira vez na história. Despachando seleções mais tradicionar, a seleção comandada pelo espanhol Félix Sáchez está confiante.

– Destaque: Artilheiro da Copa da Ásia, Almoez Ali anotou 9 gols em sete partidas realizadas. O atacante é a esperança do Catar no comando de ataque.

– Promessa: Aos 21 anos, Bassam Hisham tem passagem pelo Celta de Vigo (Espanha) e notabiliza-se por ser polivalente, podendo atuar tanto como zagueiro, lateral e volante.

PARAGUAI

– Expectativa: Bicampeã do torneio (1953 e 1979), a seleção paraguaia precisará surpreender para ir longe na competição. Sem apresentar um bom futebol e enfrentando fortes adversários na fase de grupos, é provável que não chegue na semifinal.

– Como chega: Em mau momento, o Paraguai não conseguiu a classificação para a Copa do Mundo de 2018 e venceu apenas um dos últimos oito amistosos realizados.

– Destaque: Gustavo Gómez vive fase espetacular no Palmeiras e deve manter o nível representando o seu país.

– Promessa: Santiago Arzamendia, lateral-esquerdo do Cerro Porteño, é a sensação do Paraguai. Ofensivo, o ala está fazendo boas partidas na Taça Libertadores e já chama a atenção.

Grupo C: Uruguai, Chile, Equador e Japão 

URUGUAI

– Expectativa: Maior vencedor da Copa América com 15 taças, o Uruguai é real candidato ao título. Com nomes de peso no ataque e na defesa, a seleção tem plena condição de triunfar em solo brasileiro.

– Como chega: Eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo para a França, a Celeste passou por um período conturbando, perdendo quatro jogos consecutivos. Contudo, a equipe que conta com De Arrascaeta, do Flamengo, vem de três vitórias seguidas.

– Destaques: Suárez é o grande nome da seleção uruguaia. Com média de um gol a cada dois jogos pelo Barcelona nesta temporada, o “Pistoleiro” é sempre uma arma perigosa. Seu companheiro de ataque, Cavani é outro destaque do Uruguai. Atrás, Giménez e Godín passam segurança em uma defesa entrosada.

– Promessa: Federico Valverde tem somente 20 anos, mas já e meio-campista do Real Madrid e é tratado como futuro da seleção. Na atual temporada, ganhou oportunidades na equipe madrilena.

CHILE

– Expectativa: Defendendo o bicampeonato da Copa América, o Chile não parece ter se encontrado após a saída do técnico Jorge Sampaoli, em 2016. Em baixa, os comandados não são favoritos e terão que surpreender para chegar na final mais uma vez.

– Como chega: O Chile decepcionou ao não se classificar par a a última Copa. Desde então, não conseguiu emplacar, vencendo apenas adversários fracos em amistosos, além do México.

-Destaque: Vidal, do Barcelona, é o principal nome da seleção chilena. Experiente, o volante é a referência técnica do time.

– Promessa: Atacante do Colo Colo, o novato Iván Morales encantou Reinaldo Rueda, que decidiu convocar o jogador de 19 anos para a sua primeira competição pela seleção chilena.

EQUADOR

– Expectativa: Com Uruguai como favorito do Grupo C, a seleção equatoriana briga para ser a segunda força da chave com o Chile. Em reformulação desde a chegada do técnico Hernán Gómez, os equatorianos chegam pouco confiantes.

– Como chega: A Tri não vence há quatro partidas, demonstrando pouco poder de fogo no ataque. Dos últimos sete amistosos, o Equador passou em branco em quatro.

– Destaques: Experiente, Antonio Valencia é o nome mais conhecido entre os selecionados. Arboleda, do São Paulo, também é uma das figuras mais importantes.

– Promessa: Jhegson Mendez é um volante versátil e que já esteve na mira do Athletico Paranaense, no fim do ano passado. Atleta do Orlando City (EUA), ele tem apenas 22 anos.

JAPÃO

– Expectativa: A seleção japonesa trouxe a seleção olímpica + seis jogadores da considerada equipe principal. Desta forma, não deverá ir longe no torneio.

– Como chega: Os hipônicos estão utilizando a Copa América como preparação para as Olimpíadas de Tóquio, de 2020.

– Destaque: Okasaki, do Leicester (Inglaterra), é o atacante mais respeitado da seleção japonesa. C

– Revelação: Entre os novatos, Hiroki Abe pode ser apontado como um dos destaques. Eleito a revelação do Campeonato Japonês em 2018, o meia de 20 anos já é o camisa 10 do Kashima Antlers.

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