Relatório indica que Catar corre o risco de perder a Copa do Mundo de 2022

Khalifa Stadium será usado também no Mundial de Atletismo de 2019

O Catar já tem estádio pronto, cinco anos antes da realização da Copa do Mundo

O Catar pode perder o direito de sediar a Copa do Mundo de 2022 por conta de um “crescente risco político”. Quem afirma isso é um relatório feito pela empresa de consultoria Cornestone Global, obtido e divulgado pelo site da emissora britânica BBC nesta sexta-feira (6).

O documento avaliou o impacto da atual crise diplomática entre o país e seus vizinhos. Recentemente, países como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos cortaram relações com o Catar, sob acusação de que o país apoia o terrorismo islâmico. Além disso, a empresa alerta que os mais de R$ 600 bilhões investidos nesta Copa são um “projeto de alto risco”.

Segundo o documento feito pela empresa, as razões para a saída da Copa do Mundo do Catar passam desde as “alegações abertas de corrupção, tanto no processo de licitação como no desenvolvimento da infra-estrutura” ao “o risco de não pagamento e nenhuma habilidade realista para cumprir os contratos legais”.

A Cornestone alerta ainda que “dada a situação política atual, é possível afirmar que o torneio não será realizado no Catar” e que “qualquer cancelamento será abrupto e deixará os contratados numa situação precária que não será resolvida facilmente”.

Em resposta à BBC, o Comitê Organizador da Copa do Catar questionou os “motivos que levam uma empresa a publicar um relatório baseado apenas em informações da imprensa e fontes anônimas”.

“Apesar do título ambicioso deste relatório, não há absolutamente nenhum risco com o futuro da primeira Copa do Mundo no Oriente Médio”, completou o comitê.