Roberto Carlos: Coloquei na cabeça do Marcelo que ele poderia ser o melhor lateral da atualidade

  • Por Jovem Pan
  • 21/04/2020 20h59
Reprodução / Twitter Reprodução / Twitter Roberto Carlos, quando atuava com a camisa 6 da seleção brasileira

Ídolo por onde passou e pentacampeão mundial com a seleção brasileira, o ex-lateral esquerdo Roberto Carlos elogiou o companheiro de posição Marcelo, que herdou a sua titularidade tanto com a camisa do Real Madrid, quanto com a da seleção brasileira.

“Às vezes, tenho medo de dizer que fui o melhor lateral-esquerdo do mundo. Joguei com grandes laterais e aprendi muito com eles. Quando tive a sorte de ter Marcelo no Real Madrid, sempre tentei falar com ele para que melhorasse a cada dia. Coloquei na cabeça dele que ele poderia ser o melhor lateral-esquerdo da atualidade”, disse o ex-jogador em entrevista ao canal oficial da Fifa no Instagram.

Roberto Carlos lembrou que Marcelo foi capitão do Real Madrid por muito tempo, está há 13 anos no clube e é referência no clube merengue. “Quando chegou, conversávamos muito, mas ele é assim porque fez muito para ser assim. Claro que ouviu meus conselhos, mas ele construiu essa bonita história no futebol por ele, não por minha causa. Ele colocou sua qualidade, seu espírito, seu caráter. É um fenômeno”, comentou.

Ele avalia que nenhum jogador que atua na mesma posição tem características semelhantes às suas em 2002, quando fez parte da seleção pentacampeã mundial. “Na minha época, jogávamos praticamente com três zagueiros. Marcelo pode jogar de lateral e de ponta, eu não consegui isso. Eu ia pelo lado, eu queria 80 metros. Hoje em dia, não há muitos com um estilo como o meu. Marcelo, Filipe Luís, David Alaba, Renan Lodi… há muitos ótimos laterais-esquerdos, mas cada um com seu estilo”.

Roberto Carlos elogiou Neymar, um dos maiores, se não o maior nome da atual equipe brasileira. “Está muito bem agora, é o Neymar que queremos ver. Ele está feliz, concentrado, metendo gols, sendo um líder no Paris Saint-Germain. Esquecendo o passado e pensando no presente e no futuro”, analisou.

Adversários

O ex-lateral elege o português Luis Figo como o jogador mais difícil de marcar. Figo foi de rival, quando atuou pelo Barcelona, a companheiro de clube, quando se transferiu para o Real Madrid. “Foram vários: Eto’o, Finidi, Joaquín… mas acho que o mais difícil, e ainda bem que veio jogar comigo, foi Luis Figo. Era pesado, o mais difícil de marcar na minha vida. Foi um excelente jogador”.

Conquistas

O craque se emociona quando relembra do pentacampeonato com a seleção – jogo que, para ele, aliviou a derrota na final da Copa do Mundo da França, em 1998. “Emociona, foi um título importante em nossas vidas porque tínhamos perdido a final da Copa do Mundo de 1998. Foi incrível. A Alemanha tinha uma seleção fortíssima e, embora eu sempre jogasse da mesma forma, ataquei menos naquele dia por causa da pressão da partida, me vinha à cabeça a final de 98 e eu ficava travado”, revelou.

O papo com o técnico Luiz Felipe Scolari antes da partida foi fundamental para vitória, ele avalia. “Foi ótimo porque ele colocou poucas imagens da Alemanha e muitas das nossas famílias e da torcida. Nunca vou me esquecer dessas imagens. As conversas precisam ser curtas. Del Bosque era muito bom nisso, Camacho também. Vanderlei Luxemburgo tinha um sistema de movimentações ótimo, Zagallo também era um espetáculo”, recordou. O Brasil venceu a Alemanha por 2 a 0 na final, com dois gols de Ronaldo.

* Com EFE

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