Roger garante 90% do elenco e avisa: “Palmeiras sempre vai brigar por títulos”

JALES VALQUER / FOTOARENA / ESTADÃO CONTEÚDO Roger Machado foi apresentado pelo presidente Mauricio Galiotte e concedeu entrevista aos jornalistas

O treinador Roger Machado foi oficialmente apresentado pelo Palmeiras nesta quarta-feira (29), na Academia de Futebol. Ele substituirá o interino Alberto Valentim a partir de janeiro, quando o time começa a disputar o Campeonato Paulista e já está envolvido na busca de reforços para a próxima temporada.

Em suas primeiras palavras como comandante do Palmeiras, Roger afirmou que o time continuará brigando pelos títulos que disputa e garantiu que o clube já tem 90% do seu elenco para 2018 montado.

“O Palmeiras sempre vai brigar por títulos. A construção de uma equipe vitoriosa passa por ter jogadores de qualidade. Hoje, temos 90% do elenco formado. O Objetivo é sempre levar o nome do Palmeiras ao ponto mais alto possível. Começamos o planejamento cedo, definindo pré-temporada, grupo de trabalho, jogadores que voltam de empréstimo, para que em janeiro a gente consiga iniciar essa preparação e, já no primeiro jogo, a gente consiga mostrar o porquê da contratação desses jogadores e da escolha do meu nome como treinador”, afirmou o treinador, que comentou rapidamente sobre os reforços garantidos para a próxima temporada (Emerson e Diogo Barbosa), mas evitou se aprofundar sobre a questão de Lucas Lima, que ainda não foi confirmado como atleta do clube.

“O Diogo tem sido um dos melhores laterais do Brasil nos últimos anos. O Lucas (Lima) é um jogador diferente. Seus números mostram isso. Eles vêm com intuito de aumentar a qualidade do nosso elenco. Por consequência, aumenta a qualidade do treino, a competitividade, e isso vai para o campo. Faz com que tenhamos time forte, com empenho de vencer”.

Quem fica e quem sai

Ainda sobre a montagem do time para 2018, Roger respondeu sobre algumas peças que estão no elenco e se serão usadas na próxima temporada. Ele evitou garantir se Borja ou Felipe Melo serão titulares no elenco, mas afirmou que os problemas que os problemas enfrentados pelos atletas durante o período em que Cuca comandou o Palmeiras ficaram para trás.

“Se eu afirmar hoje (que eles serão titulares), perco os outros 28 do elenco. Preciso ter time competitivo para levar os melhores 11 dentro de campo. Tenho que dizer que os 30, 32 têm qualidade e estão aptos a jogar. Aqueles que estiverem no melhor momento vão estar em campo. Os problemas do passado ficaram no passado. Se eventualmente teve algum problema, ficou para trás. 2018 vai começar do zero, com novo comandante”.

Roger também foi perguntado sobre a permanência de Egídio no time. O treinador não confirmou se o contrato com o lateral será renovado: “Ele (Egídio) foi bastante importante para o clube neste ano. Estamos planejando o elenco de 2018 e vamos definir como estaremos no ano que vem. O que posso dizer é que hoje nosso grupo está com 90% dos jogadores que se apresentarão no ano que vem”, declarou o treinador.

Desconfiança dos torcedores

Roger não foi um consenso entre os torcedores no momento da sua contratação. Muitos compararam sua chegada com Eduardo Baptista, outra aposta feita pela diretoria alviverde que não deu certo. O novo técnico declarou que o sucesso de um trabalho não está relacionado ao treinador ser novo ou não e prometeu que tentará convencer os torcedores “resistentes” a também apoiá-lo.

“Os insucessos não estão ligados exclusivamente pela pouca ou muita experiência, por ser estudioso ou não, por ser da velha ou nova geração. Tem que contextualizar para ter avaliação definitiva. Somos profissionais jovens, porém diferentes. Princípios muito parecidos, mas cada um com sua forma de trabalhar. Com relação a aceitação do torcedor, entendo a preocupação. Ele deseja que seu time vença, e isso não me preocupa, de forma alguma. Quero poder convencer, trazer para o nosso lado aqueles que em algum momento tenham resistência e poder vencer”, afirmou Roger.

O Palmeiras será o quinto clube comandado por Roger Machado, de 42 anos. Ele já passou por times como o Juventude e o Novo Hamburgo, mas ficou conhecido pelo seu trabalho pelo Grêmio, onde trabalhou até 2016. Neste ano, ele trabalhou durante um semestre no Atlético-MG, onde conquistou o Campeonato Mineiro.