Rogério Micale: ‘A atual geração é tão boa quanto a do ouro olímpico em 2016’

  • Por Jovem Pan
  • 11/02/2020 09h19 - Atualizado em 11/02/2020 09h24
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EFE/MARIO RUIZ EFE/MARIO RUIZ Rogério Micale foi o treinador da seleção olímpica campeã dos Jogos de 2016

Rogério Micale, treinador que dirigiu a seleção ao inédito ouro olímpico em 2016, afirmou que considera a atual geração tão boa quanto a campeã de 2016. Em entrevista ao “Estado”, nesta terça-feira (11), o técnico disse que vê o Brasil chegando muito forte para disputar os Jogos de Tóquio após a campanha no Pré-Olímpico, na Colômbia.

“É uma geração promissora. São bons nomes que nós temos. São do mesmo nível ou até superior do que a geração que ganhou o ouro em 2016. O Brasil chega muito forte”, avaliou Micale, que atualmente está sem clube.

No torneio classificatório, o Brasil chegou a oscilar na segunda fase e precisou bater a Argentina na última rodada do Pré-Olímpico. Para Micale, a trajetória irregular não representa fragilidade.

“A geração que foi campeã comigo em 2016 também não se classificou no Sul-Americano Sub-20 (em 2013). Foi a primeira equipe da história que foi desclassificada. O Sul-Americano é um dos campeonatos mais difíceis, mas não pela qualidade técnica. É por tudo o que envolve de logística, campos que vão jogar, vários fatores. O Brasil tem condições de trazer o bicampeonato”, comentou.

“Nossa cultura é extremamente imediatista. O meu caso, por exemplo: eu trabalhei em seis competições pela CBF, cheguei ao pódio em cinco. Fui desclassificado no Sul-Americano Sub-20 de 2017 e toda a comissão técnica foi desligada. O grande acerto da CBF neste Pré-Olímpico foi ter levado uns dois ou três membros daquela época. Querendo ou não, o processo é uma novidade para o Jardine. Por mais que o treinador tenha uma experiência vasta em clube, seleção é algo diferente, requer uma vivência”, continuou o treinador com passagens por Atlético-MG, Paraná e Figueirense.

Na entrevista, Micale também falou quais serão os principais desafios para André Jardine e sua comissão técnica na Olimpíada de Tóquio.

“Você só pode levar 18 nomes e não 23. Até para treinar é difícil, tem de improvisar. Eu usava muito os membros da comissão técnica para trabalhar em cima de posicionamento, usava vídeos. É algo muito particular. Para treinar você precisa de no mínimo 22. É o maior desafio a ser vencido”, disse.

*Com informações do Estadão Conteúdo

 

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