Rueda afirma que Chile vai defender ‘status de campeão’ na Copa América
O técnico do Chile, Reinaldo Rueda, afirmou nesta quinta-feira que sua seleção vai defender o status de campeão das duas últimas edições da Copa América no Brasil, em que a ‘La Roja’ enfrentará Japão, Uruguai e Equador na primeira fase da competição.
“Há um status que temos que defender. Pela história do futebol chileno, pelo que foi conquistado. Vamos buscar o melhor, queremos chegar longe na Copa América”, disse Rueda, que concedeu entrevista após o sorteio das chaves, realizado no Rio de Janeiro.
Apesar do otimismo quanto às chances do Chile na competição, o técnico ressaltou as dificuldades de um torneio de tiro curto como a Copa América e elogiou os adversários da seleção na primeira fase.
“Foi um grupo muito equilibrado, muito atrativo, com diversidade de estilos, de sistemas (táticos) inclusive, de momentos diversos de cada uma das seleções. A estreia é determinante, um encontro fundamental por tudo que o jogo significa. São três pontos que serão assimilados pelo ânimo do grupo. Temos sempre que começar firme em um torneio curto, de classificação disputada. O Japão nos motiva a iniciar com muita disposição”, afirmou o técnico, já projetando o duelo de estreia da ‘La Roja’ no dia 17 de junho, no Morumbi.
Comandante do Chile desde janeiro do ano passado, após passagem pelo Flamengo, Rueda comanda um processo de renovação da seleção depois do fracasso nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Para o técnico, o período foi bem aproveitado e pode ser um diferencial do time na Copa América.
“Estamos em um bom caminho, há um conhecimento bilateral com o grupo de jogadores, com a sociedade chilena e com toda a cultura futebolística do país. Tivemos partidas com bons resultados e temos um bom conhecimento dos jogadores jovens, que serão importantes nesse processo, e dos nomes históricos, que têm um grande nível”, explicou o técnico.
“Vocês podem esperar um futebol vistoso e atrativo”, acrescentou.
Para Rueda, todas as seleções chegam em condições de equilíbrio na competição e não há favoritos antes da bola rolar. Para exemplificar sua argumentação, o técnico citou o Campeonato Sul-Americano Sub-20, disputado no Chile, em que os anfitriões perderam de duas seleções teoricamente mais frágeis – Venezuela e Bolívia -, mas venceram o Brasil.
“O sub-20 deu lições. Não podemos nos pautar pela história, pela camisa. O jogo tem que ser jogado”, afirmou.
Apesar de minimizar a importância da tradição na obtenção de resultados no futebol atual, Rueda falou com carinho do Brasil, mesmo tendo deixado o país de forma conturbada após sair de forma bastante polêmica do Flamengo.
“Tenho grande admiração e afeto por toda essa cultura futebolística (do Brasil), pelos estádios, por tudo. Creio que organizarão um grande torneio”, disse.
*Com Estadão Conteúdo
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.