Dissidente de Peres endossa reclamações de Cuca: ‘não falou nada de errado’

  • Por Jovem Pan
  • 31/08/2018 17h09 - Atualizado em 31/08/2018 17h19
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Divulgação andrés rueda Andrés Rueda fazia parte do Comitê de Gestão do Santos, mas deixou o cargo por discordar da gestão de José Carlos Peres

“Infelizmente, no mundo político, existe uma grande diferença entre o período pré-eleitoral e o pós-eleitoral.”

A declaração é de Andrés Rueda, matemático que ficou na segunda colocação na última eleição presidencial do Santos. Convidado pelo próprio presidente alvinegro, José Carlos Peres, a integrar o Comitê de Gestão do clube em janeiro, o dirigente se decepcionou com as atitudes do mandatário e abriu mão do cargo sete meses depois, alegando falta de respeito da atual gestão com as decisões colegiadas.

Agora, com o Santos fervilhando politicamente, Rueda se posiciona ao lado de Cuca na queda de braço entre o treinador e o presidente. Em entrevista exclusiva a Gabriel Dias que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan, o ex-membro do Comitê de Gestão endossou as críticas do técnico à falta de profissionalismo dentro do clube.

“O Cuca não falou nada de errado”, afirmou Rueda. “Como comandante da equipe profissional do Santos, ele tem todo o direito de expressar o seu descontentamento. E não falou nada de errado, não! É sabido por todos que falta profissionalização no clube. O Santos está muito atrasado nesse sentido”, acrescentou.

As críticas de Cuca aconteceram logo depois da eliminação alvinegra na Libertadores, provocada pela escalação irregular de Carlos Sánchez na partida de ida das oitavas de final, contra o Independiente, na Argentina. Após o jogo de volta, o treinador não se conteve, criticou a diretoria e disse que o Santos “precisava melhorar muito profissionalmente”. As declarações incomodaram Peres, que, um dia depois, afirmou que Cuca “toca a parte técnica”, e ele, “a parte administrativa e financeira”.

Para Andrés Rueda, o caso apenas expõe a desordem que toma conta do clube. “O presidente disse que demitiu um funcionário do departamento jurídico não por causa do erro envolvendo o Sánchez, e sim que seria uma reestruturação da área já prevista. Já o gerente jurídico, na reunião do Conselho, foi categórico ao dizer que o rapaz havia sido demitido por errar na consulta da situação do jogador. Então, o que eu tenho a dizer é que, independente de uma coisa ou outra, o que infelizmente falta no clube é modernidade administrativa. É inadmissível que um clube profissional dependa de uma única pessoa para a realização de uma atividade tão importante como essa”, finalizou.

A entrevista exclusiva de Andrés Rueda a Gabriel Dias vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan. Fique ligado!

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