Presidente do Conselho do Santos descarta impeachment de Peres
Presidente do Conselho Deliberativo do Santos, Marcelo Teixeira revelou que o pedido de impeachment de José Carlos Peres será negado. Em entrevista exclusiva aos repórteres Raphael Thebas e Diogo Mesquita, da Rádio Jovem Pan, Teixeira esclareceu que os documentos ainda estão sendo analisados, mas antecipou que, “pelos fundamentos apresentados, não existem critérios estatutários que possam embasar um futuro impeachment do presidente”.
“A mesa do Conselho avaliou (o pedido de impeachment), já encaminhou à Comissão de Inquérito e Sindicância, e ele está sendo avaliado… Mas eu já antecipo previamente que não há nenhuma base, nenhum fundamento estatutário para que esse processo tenha o seu andamento normal dentro do Conselho Deliberativo. Eu já afirmo antecipadamente que, pelos fundamentos apresentados, não existem critérios estatutários que possam embasar um futuro impeachment do presidente”, garantiu Marcelo Teixeira.
No entanto, o ex-presidente alvinegro ressaltou que o Conselho Deliberativo do Santos segue acompanhando os desdobramentos de outros casos envolvendo José Carlos Peres – como, por exemplo, o fato de o mandatário ser sócio de Ricardo Marco Crivelli, coordenador da base afastado do clube após ser acusado de abusar sexualmente de um jogador menor de idade em 2010.
“Os documentos apresentados e assinados por 21 conselheiros não tratam desse assunto. Mas estamos acompanhando… Por enquanto, no Conselho Deliberativo, nenhum documento foi apresentado com relação a esse tema”, esclareceu Teixeira.
O que conselheiros alegam em pedido de impeachment?
Os 21 signatários do pedido de impeachment de José Carlos Peres alegam que ele agiu “contra a norma estatutária” do clube ao criar uma portaria determinando que todas as contratações do Santos só poderiam ocorrer “mediante determinação prévia e expressa” do presidente.
O pedido questiona ainda as diversas demissões da gestão Peres, justificadas pelo dirigente como corte de gastos, e a saída do ex-diretor-executivo Gustavo Vieira, que, após ser demitido, afirmou que não conseguia contato com a diretoria.
Além disso, os conselheiros alegam que o acerto com a TV Globo para a transmissão de jogos em TV aberta e pay-per-view de 2019 a 2024 e o fracasso na transferência do zagueiro Lucas Veríssimo para o Spartak Moscou, da Rússia, provocaram “danos à imagem do clube”.
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