Com 10 em campo, São Paulo segura Rosario Central e empata fora de casa

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 12/04/2018 23h30 - Atualizado em 13/04/2018 00h08
Divulgação SPFC Nenê foi um dos destaques do São Paulo no empate com o Rosario Central

O São Paulo sobreviveu à pressão do Rosario Central e arrancou um empate por 0 a 0 na estreia na Copa Sul-Americana, nesta quinta-feira (12), no estádio Gigante de Arroyito, na Argentina. Equilibrado taticamente mesmo com 10 jogadores desde os 35 minutos do tempo inicial, após a expulsão de Rodrigo Caio, o Tricolor do Morumbi fez um bom jogo e acertou uma bola na trave no segundo tempo, em um belo chute de Nenê, um dos destaques da partida.

A estratégia do São Paulo foi a mesma da maioria dos brasileiros nos torneios sul-americanos em jogos fora de casa: tentar suportar a pressão dos donos da casa nos 15 minutos iniciais. Depois especular algum contra-ataque. Foi difícil. Com um minuto, o Rosario Central criou a primeira chance com um chute perigoso de Marco Rubén. Aos 26, falta bem batida por Zampedri. Além disso, o time teimava em cruzar a bola na área. Com grande atuação, o zagueiro equatoriano Arboleda rebateu todas.

O time do técnico uruguaio Diego Aguirre sobreviveu aos 15 minutos iniciais e conseguiu respirar, com a bola no pé, a partir da metade do primeiro tempo. O sistema com três zagueiros, escolhido para fortalecer a defesa e desafogar as laterais, funcionou. A pressão continuou, o time argentino esteve sempre perto do gol, mas os zagueiros rebateram todas. Principalmente pelo lado direito, com Régis e Petros, a equipe mostrou que estava vivo no jogo. A contusão de Reinaldo, que teve de ser substituído por Lucas Fernandes, não provocou fendas na defesa. Liziero passou a jogar mais recuado e Lucas Fernandes entrou bem.

A pressão aumentou novamente aos 36 minutos. O árbitro peruano Victor Hugo Carrillo foi rigoroso ao expulsar Rodrigo Caio após uma disputa pelo alto com Marco Rubén. Acabou o esquema com três zagueiros e avanço para as laterais. O time voltou ao seu objetivo inicial: sobreviver à pressão.

O Rosario Central tinha entusiasmo, intensidade, muitas jogadas aéreas e a força da torcida no estádio Gigante de Arroyito, mas esbarrava na ruindade de alguns atletas. Ruindade mesmo. Erros de passes e cruzamentos tortos fizeram com que o time da Argentina aproveitasse pouco a vantagem de um jogador a mais. Com isso, o São Paulo se permitiu avançar e quase equilibrar o jogo. Aos 17 minutos, Nenê acertou um belo chute no ângulo.

Aos 36 minutos, Carrizo, que já tinha cartão amarelo, foi expulso após falta em Militão. O equilíbrio tático se estendia também ao número de jogadores: 10 a 10. O time argentino passou a jogar apenas nas bolas altas e sufocou nos minutos finais, mas conseguiu poucas chances reais.

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