Cuca pede calma após doping de Gonzalo Carneiro: ‘A gente não pode fazer julgamento’
O técnico Cuca, do São Paulo, comentou nesta terça-feira (23) a suspensão provisória por suspeita de uso de cocaína do atacante uruguaio Gonzalo Carneiro. Ele pediu calma e afirmou que agora era hora do jogador ser acolhido pelo clube.
“A gente não pode fazer julgamento. É um ser humano. Tivemos um caso aqui no São Paulo e é esperar. Vamos esperar a Fifa e depois falar com o Gonzalo. A vida é propensa a isso a todos os jovens, não só o Régis, o Gonzalo, não só aqui no São Paulo. Eu não entrei no mérito do que aconteceu com ele. Entrei no mérito do que é uma cidade grande, dos perigos. Agora é acolher”, disse o treinador, em entrevista coletiva no CT da Barra Funda.
“É um tema delicado que a gente não pode hoje fazer qualquer julgamento sem antes saber o que aconteceu. Eu já estava sabendo na semana passada antes do jogador. Eu tenho filhos, ele tem 23 anos e ele está aqui em São Paulo no primeiro grande clube dele”, comentou Cuca.
O uruguaio foi pego em um exame feito após o clássico contra o Palmeiras no estádio do Pacaembu, em São Paulo, na fase de classificação do Campeonato Paulista, no dia 16 de março. O jogador tem até esta quarta-feira para pedir o exame de contraprova.
O treinador afirmou que percebeu boas e más atuações do jogador nos últimos dias. “Eu senti ele muito inseguro por estar em um clube grande. Ele não está à vontade. E isso mexe dentro de campo. Ele teve altos e baixos. Foi bem no pênalti da cavadinha, depois foi mal no outro jogo. Então senti muita insegurança. É uma pena que eu não pude conversar com ele antes. A gente não sabe se aconteceu mesmo”, disse Cuca.
O empresário do jogador, Pablo Bentacur, afirmou que Carneiro cometeu um erro, mas não sabia o que estava consumindo. De acordo com o agente, o atacante passa por uma depressão. “O garoto cometeu um erro. A depressão é um assunto complicado. Não sabia o que ele consumia. Pensava que era um cigarro”, afirmou em entrevista à rádio Sport 890, do Uruguai. Se for comprovado o doping, a suspensão varia de dois a quatro anos.
*Com Estadão Conteúdo
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