Dirigente do São Paulo sobre futuro de Antony: ‘Deve sair agora dia 30 de junho’
Alexandre Pássaro, gerente executivo do São Paulo, afirmou que sonha em ver Antony atuando no time por mais algumas partidas, mas reconheceu que a missão é praticamente impossível. Vendido ao Ajax (Holanda) no começo do ano, o atacante deverá se apresentar ao novo clube no começo da temporada europeia.
“Muito provavelmente ele deve sair agora no dia 30 de junho. Toda sinalização que temos é de que o Ajax vai começar a pré-temporada ou no final de junho ou no começo de julho. É uma coisa ainda incerta lá. Eu falo com o Overmars (dirigente do Ajax) toda semana. Mas ele deixou muito claro que quer o Antony para o início da pré-temporada”, disse Pássaro, em entrevista à “Rádio Transamérica.”
Uma maneira de Antony permanecer seria se o calendário europeu tivesse uma grande mudança e o Campeonato Holandês adiasse a sua programação, mas ele já foi encerrado no dia 24 de abril seguindo uma determinação do governo local de não ter eventos esportivos até o final de agosto.
“Se por ventura essa pré-temporada do Ajax for começar em agosto ou setembro por algum motivo, por causa dessas trocas, o campeonato foi encerrado, pandemia e tal, aí quem sabe a gente tenha um espaço para poder sonhar com o Antony um pouquinho mais conosco. Caso contrário ele, ele deve ir mesmo agora no dia 30 de junho”, completou o dirigente.
O valor da transação de Antony com o Ajax está fixado em 15,75 milhões de euros (R$ 92,2 milhões na cotação atual), sendo 9,75 milhões (R$ 57 milhões) no momento de sua saída e mais 6 milhões (R$ 35,1 milhões) no final deste ano. Além disso, ficou firmado que mais 6 milhões serão destinados ao São Paulo caso o atacante cumpra metas no clube holandês.
DANIEL ALVES
Sobre redução salarial dos jogadores (50%), Pássaro disse que os líderes do elenco foram compreensíveis quando participaram da reunião que acertaria essa questão. Além disso, destacou o fato de Daniel Alves, um dos jogadores com maior salário, aceitar receber os valores de direito de imagem semestralmente no ato da negociação.
“No começo com muita boa vontade ele aceitou, disse que não teria problema. Não eram nem seis meses. Eram quase 10. Disse que, se o São Paulo poderia pagar a primeira daqui a 10 meses, não teria problema. Temos feito esforço para honrar e estar em dia com ele porque esse foi o combinado. O pagamento se refere ao período daqui para trás, não para frente”, explicou.
Uma das alternativas que o São Paulo achou para acertar os pagamentos de Daniel Alves foi a de utilizar uma empresa especializada para conseguir parceiros, assim como o marketing do clube.
“Há um tempo de amadurecimento. No ano passado o Daniel Alves não tinha aparecido como jogador do jeito que está aparecendo esse ano: fazendo gol, se firmando na posição. Hoje ninguém discute mais a posição do Dani no time do São Paulo. Se eu fosse presidente de uma empresa que tem interesse em contar com a imagem do Daniel, também esperaria um pouco para entender como a imagem dele se situaria na volta para apostar ou não”, finalizou o gerente.
*Com Estadão Conteúdo
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