Jogador Daniel foi para duas festas antes de ser assassinado, diz amigo

  • Por Allan Brito e Amanda Bozza/ Jovem Pan
  • 30/10/2018 19h15 - Atualizado em 30/10/2018 19h23
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Coritiba/ Divulgação Daniel tinha contatos em Curitiba e foi para o aniversário de um amigo em uma casa noturna

As investigações da polícia sobre a morte do jogador Daniel, ex-São Paulo, estão sob sigilo até que tudo se encerre. Mas enquanto a apuração oficial não é revelada, começam a surgir informações importantes sobre o assassinato brutal cometido no sábado (27). A Jovem Pan conversou com um amigo de infância do meia e descobriu com exclusividade que, antes de morrer com sinais de tortura, Daniel passou por duas festas em Curitiba.

O jogador pertencia ao São Paulo, mas foi emprestado ao São Bento e não estava sendo aproveitado nos últimos jogos. Como não foi sequer relacionado para a partida contra o CRB, pela Série B, viajou para aproveitar a folga na capital paranaense na sexta-feira (26). Por ter jogado pelo Coritiba no ano passado, ele mantinha amizades com moradores locais. Então foi convidado para o aniversário de um amigo na casa noturna Shed Western Bar.

A festa não acabou ali. Na madrugada, Daniel foi para uma “after party”, celebração menor que costuma acontecer em casas ou apartamentos. E o mistério surgiu porque aparentemente ele se separou das pessoas que o acompanhavam até o momento.

Dudu Arantes, amigo de infância de Daniel e jogador de futsal do time São José dos Pinhais/Gamma, gravou um áudio que circulou na internet e relatou alguns acontecimentos da noite. Em contato por telefone, ele não deu mais detalhes sobre o ocorrido, mas confirmou à reportagem a autenticidade da gravação e todas informações.

“Ele foi para a festa, em uma balada aqui, com um amigo nosso. Na festa eles se separaram. Esse amigo meu foi com uma menina para casa. E o Daniel tinha saído da balada para um ‘after’ na casa de outra menina. E até então, de manhã, ele estava mandando mensagens para gente. Isso era por volta de 6h ou 7h da manhã. Depois disso, parecia que tinha acabado a bateria dele e ninguém conseguia ligar e nem mandar mensagens”, disse.

Após esse desaparecimento, Dudu e outros amigos tentaram procurá-lo até que descobriram a má notícia. Eles perceberam que as características físicas do jogador correspondiam com as de um corpo encontrado em São José dos Pinhais: “Fui com meu amigo até o IML para reconhecer o corpo. Não deixaram entrar, mas a gente conseguiu ver a foto. É assustador. Mas a gente não sabe nada. Tem várias coisas que ninguém sabe. A princípio ele saiu da casa da menina às 8h e ninguém sabe como ele foi embora”.

A morte de Daniel foi confirmada pela assessoria de imprensa dele apenas na madrugada de segunda-feira (29). Um primo do jogador saiu de Conselheiro Lafaiete-MG, onde o meia cresceu, fez a identificação oficial e resolveu questões burocráticas para liberação do corpo, que começou a ser levado para Minas às 15h (de Brasília) de terça-feira (30). Após o término da viagem, o velório será realizado na manhã de quarta (31), no ginásio do Clube Carijós, pela manhã. O enterro acontecerá às 16h, no cemitério Nossa Senhora da Conceição.

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