Juanfran exalta competitividade do Brasileirão, mas reclama de jogadores ‘cai-cai’

  • Por Jovem Pan
  • 20/11/2019 10h36
MAGA JR/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO Juanfran lamenta gol do Vasco em derrota do São Paulo

Juanfran, lateral-direito do São Paulo, concedeu uma longa entrevista ao jornal espanhol “Marca”, em matéria publicada nesta quarta-feira (20). Nela, o veterano exalta a qualidade e competitividade do Campeonato Brasileiro, colocando o nível do torneio no mesmo patamar do Espanhol. Ainda assim, o ala criticou os jogadores com fama de “cai-cai.”

“Aqui é mais competitivo [em relação ao Espanhol]. Agora tem o Flamengo mais forte, mas também tem o Palmeiras, o Grêmio, nós, o Corinthians … tem muitos times como o Athletico, o Fluminense que é mítico, tem muitos times da história que venceram o Brasileirão. Não é como na Espanha que é mais o Real Madrid, o Barcelona e, nesses anos, conseguimos pensar um pouco mais com o Atlético de Madrid”, disse Juanfran.

“Qualquer time brasileiro poderia ir na Europa e competir forte. Outro dia, ouvi Filipe [Luis] dizer em uma entrevista que qualquer equipe aqui poderia ir lá e competir, que talvez fisicamente uma longa temporada custasse mais às equipes brasileiras, mas no momento em que qualquer equipe se adaptar um pouco, o time do Brasil poderia competir perfeitamente na Europa pelas posições na Liga dos Campeões e pelos títulos”, continuou. 

Apesar disso, Juanfran falou um pouco da “mania” do jogador brasileiro se atirar em campo, deixando de enfrentar o adversário e tentando ludibriando a arbitragem para cavar uma falta.

“Há pouco tempo, fiquei bravo com um árbitro, conversamos bastante, porque em uma jogada que não houve choque, o jogador se atirou como se estivesse morrendo. Isso tem que mudar no futebol brasileiro. O jogador brasileiro tem que pensar que tem que competir, tem que brigar mais. Não pode esperar que no mínimo contato o árbitro marque falta, porque se vai para a Espanha ou para a Europa é diferente”, disparou.

Juanfran também apontou a frequente troca de treinadores entre os clubes brasileiros como uma diferença em relação ao futebol espanhol. Falando do assunto, ele comentou que espera trabalhar com Fernando Diniz por bastante tempo.

“Aqui você muda muito treinador, porque eles têm uma filosofia na qual todo mundo quer ganhar e, quando não ganha, rapidamente se irrita. É algo que existe culturalmente aqui no Brasil. O que eu mais quero agora neste mundo não é mudar mais, que Fernando triunfe aqui e que triunfemos com ele. No Atlético de Madrid, no meu primeiro ano, tive dois treinadores, Quique Sánchez Flores e Gregorio Manzano, depois veio o ‘Cholo’ e com ele aconteceu algo que normalmente não acontece no mundo do futebol, que é estar tantos anos em um clube”, opinou. 

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