Quatro pessoas serão indiciadas por assassinato do jogador Daniel

Reprodução/RPC Edison pode ser julgado por homicídio com 4 qualificações

O inquérito sobre a morte do jogador Daniel, ex-São Paulo, será concluído ainda nesta semana. Quatro pessoas serão indiciadas pelo assassinato e mais três por outros crimes. A Polícia Civil do Paraná informou que o relatório do delegado Amadeu Trevisan terá 21 depoimentos, 370 páginas e laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico-Legal (IML).

Ao todo sete pessoas estão presas. Edison Brittes Junior se apresentou como autor do assassinato, pois foi ele que cometeu os golpes com uma faca. Mas a polícia entende que o crime começou no apartamento, com as agressões contra Daniel. Três pessoas participaram disso e inclusive foram no carro de Edison até o local do assassinato: Ygor King, David da Silva e Eduardo Henrique da Silva.

Eduardo Purkote, filho de políticos de São José dos Pinhais, também é acusado de participar das agressões. Mas como ele não foi até o local do assassinato, será indiciado por lesões corporais graves.

A esposa e a filha de Edison, Cristiana e Allana, também serão indiciadas, mas elas não participaram das agressões. As acusações são de coação de testemunha e fraude processual. As duas e Edison se reuniram com testemunhas do caso para tentar criar uma nova versão, antes do caso ser revelado. Eles pediram que todos contassem que Daniel saiu do apartamento ileso e sem falar para onde iria, durante a madruga. Porém, o relato da testemunha Lucas Mineiro derrubou essa tese e causou a prisão de Edison.

Ainda não há uma previsão específica para entrega do inquérito. Mas o delegado Amadeu dará uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (22) para detalhar tudo que foi investigado. Depois, o MP-PR decidirá sobre cada acusação e também apontará quais são as qualificações do homicídio. É possível que ele se enquadre em pelo menos 4 agravantes: motivo torpe, ocultação de cadáver, meio cruel e impossibilidade de defesa.

Daniel foi encontrado morto em um matagal de São José dos Pinhais. Ele tinha sinais de tortura no corpo, como o pênis retirado e a cabeça quase degolada. Edison alegou que fez isso porque o jogador teria tentando estuprar a esposa Cristiana. Mas os depoimentos de algumas testemunhas indicam que isso não aconteceu. O assassinato realmente encontrou Daniel com Cristiana no quarto e depois começaram as agressões. Então a vítima foi levada no porta-malas do carro e assassinada posteriormente.