São Paulo calcula prejuízo de até R$ 100 milhões com paralisação por coronavírus
O São Paulo está estimando sofrer um prejuízo no valor de até R$ 100 milhões com a suspensão do futebol devido à pandemia do novo coronavírus. Quem afirma é Elias Albarello, diretor financeiro do clube, em entrevista ao “Canal do Nicola”, na última quarta-feira (1º).
Elias leva em consideração uma paralisação de dois a três meses do futebol brasileiro, onde o Tricolor deixaria de arrecadar com bilheteria, por exemplo.
“Nos últimos dez dias, analisando o impacto efetivo, no São Paulo deve girar em torno de R$ 90 milhões e R$ 100 milhões, nas projeções que estamos tendo de dois a três meses sem futebol. Como falei, pode chegar até a R$ 100 milhões, depende da retomada, por exemplo. Temos discutido com a CBF, há cenários de iniciar campeonatos e no retorno, por força de lei, ter jogos com portões fechados. Isso já perde bilheteria, o que foi o grande impacto que tivemos”, comentou.
Outra preocupação do diretor financeiro trata-se do pagamento dos patrocinadores. Sem expôr suas marcas, o São Paulo teme receber menos que o acordado com os seus parceiros.
“Se não está veiculando a marca do patrocinador, dificilmente deve ter patrocínio, com suspensão. É natural. É uma cadeia. O clube social, as taxas de manutenção, contribuição associativa, programa de sócio-torcedor que vai impactar fortemente e tudo de operação no Morumbi, restaurante, academia, buffet. São nossos cessionários. Considerando isso de dois a três meses o impacto vai ser dessa natureza, de R$ 100 milhões”, detalhou.
Até o momento, nenhum dos 13 patrocinadores da agremiação do Morumbi suspendeu os pagamentos. O Banco Inter, entretanto, possui contrato com o São Paulo somente até abril e ainda não renovou com o clube.
Na conversa com o jornalista, Elias Albarello também comentou a negociação com os jogadores a respeito de diminuir o salário nos meses em que o futebol estiver paralisado no Brasil. Segundo o diretor, a ideia é repôr o valor nos seis meses seguintes.
Em um primeiro momento, todavia, os atletas não aceitaram a proposta. “Não é redução de salário. A partir do momento que tivermos a entrada de recurso, nós vamos pagar. Fui surpreendido pelas notícias, porque isso está em negociação. Venho conversando com Raí e (Alexandre) Pássaro e não perdi a esperança que isso pode ser aceito (pelos jogadores)”, disse.
Assim como outros clubes brasileiros, o São Paulo anunciou, na tarde da última quarta-feira, que iria conceder férias coletivas aos seus funcionários até o dias 21 de abril.
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