Volpi admite dificuldade em continuar no SPFC: ‘Não conseguem 5 milhões de dólares do nada’
Tiago Volpi virou unanimidade no São Paulo após atuações seguras embaixo na meta. O goleiro, no entanto, está emprestado pelo Querétaro (México) somente até o final desta temporada e não sabe se permanecerá no time do Morumbi em 2020. Em entrevista ao “Grupo Globo”, o arqueiro falou da dificuldade do clube contratá-lo e reforçou o desejo em permanecer no grupo.
Para ficar com Volpi, o Tricolor precisará desembolsar 5 milhões de dólares (cerca de R$ 20,7 milhões, na cotação atual), algo improvável na atual situação financeira da agremiação paulista.
“Bom, pelo que eu tenho conversado com as pessoas, está 50% a 50% [chance de ficar ou sair]. O interesse é óbvio de ambas as partes, mas a gente sabe que não se conseguem 5 milhões de dólares do dia para a noite. Ainda mais porque a gente sabe da situação financeira que o clube vive. Sempre fui muito aberto e, em uma das últimas conversas que eu tive com a diretoria, eu disse que queria muito ficar, mas também que a gente precisa pensar no São Paulo. A prioridade não poder ser apenas em um único jogador, e depois os outros ficarem mal. Não pode criar um mal-estar num clube por conta de uma contratação que foi feita e que não se podia fazer”, comentou.
Logo em seguida, Volpi demonstrou um pouco de otimismo com a negociação: “A classificação para a fase de grupos aumenta a receita. O clube passa a ter um poder financeiro maior. Tudo isso facilita para que a compra possa ser feita”, disse.
Na conversa com o podscast “GE São Paulo”, o arqueiro também foi questionado qual seria sua reação em caso de um “final feliz” na novela envolvendo o seu futuro.
“Felicidade por diversos motivos. Primeiro, por permanecer aqui no São Paulo, que é algo muito grande. É uma espécie de sonho realizado. Segundo, por vencer em um clube que na minha posição é muito complicado. As pessoas sempre falam do Ceni e, realmente, não é fácil. Porque envolve história, idolatria. E por esse ano ter conseguido segurar essa pressão que vem de fora, fazer as coias bem em campo. Isso prova prova que tive a oportunidade de encarar esse desafio de forma positiva. São diversos motivos que me faz querer permanecer. Justamente de ter conseguido e continuar mostrando pra mim e pras pessoas que o Volpi não foi um ano de sorte, que o Volpi é uma constância naquilo que ele fez em 2019”, projetou.
Já em casa de um desfecho negativo, Volpi afirma que ficaria com a consciência tranquila. “Por um lado, seria uma tristeza por querer permanecer, por estar em um lugar onde fui feliz e me identifiquei com as pessoas. E, ao mesmo tempo, com a consciência tranquila porque, se eu não fiquei, não foi por culpa minha. Se não acontecer, vou saber que não foi por falta de atitude, por falta de esforço meu”, ponderou.
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