Secretário da CBF diz que ‘não é hora’ do futebol retornar e evita estipular data limite

  • Por Jovem Pan
  • 07/05/2020 09h03
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Reprodução sede da cbf CBF é a entidade máxima do futebol brasileiro

Secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Walter Feldman afirmou que o Brasil não está em condições de retornar com o futebol neste momento devido ao aumento de casos do novo coronavírus no país. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, nesta quinta-feira (7), o mandatário disse que a volta dos clubes às atividades é apenas uma orientação coletiva, o que não significa que os campeonatos serão retomados a curto prazo.

“Não é hora de voltar. É consenso em relação a isso. O que está sendo feito pela CBF, federações e clubes é uma orientação coletiva, o que significa o recondicionamento físico e volta às atividades nos treinos, com toda preparação, exames clínicos e o que é fundamental na história desse eventual paciente. E se tiver qualquer tipo de contaminação, essas pessoas serão afastadas. Há um distanciamento social controlado nesses treinos. Em caso qualquer contaminação, eles são afastados”, disse o secretário.

Walter Feldman também afirmou que a CBF não estipula uma data para a volta dos campeonatos estaduais e o começo dos nacionais.

“É uma pergunta que eu tento sair dela o tempo todo. É você fazer uma previsão e um anúncio que complica muito o processo dos desdobramentos das decisões. Eu explico: os clubes têm os seus contratos, os seus patrocinadores, os seus preparos, uma sequência organizada de campeonatos. Qualquer anúncio neste momento mexe com toda essa cadeia. Temos ainda instrumentos de adaptação de ajustes pequenos ou médios que nos impedem de fazer um anúncio de uma data limite. Preferimos fazer um ensaio no decorrer de maio, esperar a evolução da epidemia no Brasil. Não existe uma data limite para isso”, comentou.

Na entrevista à Jovem Pan, Feldman também revelou que o planejamento da CBF segue em manter um “calendário conservador”, sem prever o cancelamento de torneios ou mudando o formato das disputas.

“Nós não pensamos em mudanças estruturais no calendário, tipo fazer um mata-mata no Brasileirão, reduzir a Copa do Brasil ou fazer uma semelhante ao calendário europeu. Neste momento, tempos um tempo para, se necessário, fazer alguns ajustes no calendário”, declarou.

“Alguns já estão sendo feitos. Quando decidimos dar férias coletivas até o final de abril, de certa forma preparamos o final do ano. Já discutimos com a Fenapaf que a férias poderia ser em outro período, pegando alguns dias entre Natal e Ano novo. Já existe uma conversa preliminar sobre o tempo entre os jogos, que normalmente é de 66 horas, possa ser reduzido na medida em que grande parte dos times tem plantéis maiores que poderiam fazer um ajuste e uma concentração maior de datas”, continuou Feldman.

Por fim, Feldman ainda falou sobre o prejuízo financeiro da entidade nesta temporada. O secretário cita, por exemplo, o adiamento da Copa América e das Eliminatórias para a Copa do Mundo como um dos responsáveis pela queda na arrecadação.

“Já existe um prejuízo generalizado de todo o futebol. A própria CBF não tem dinheiro sobrando. É tudo muito ajustado. Mas, por exemplo, a CBF deixou de realizar a Copa América, as Eliminatórias e amistosos. Isso é fundamental na fonte de recursos da CBF. Evidente, que os patrocinadores tenta fazer os seus ajustes. Hoje não há nenhum setor do futebol que não sofreu prejuízo”, encerrou.

 

 

 

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