Símbolo da Democracia Corinthiana, Wladimir critica alienação política dos jogadores
Jogador que mais vestiu a camisa do Corinthians, com 805 jogos, o ex-lateral Wladimir ficou marcado não apenas pelos títulos dentro de campo, mas também pela postura e voz ativa na época da Democracia Corinthiana. Em entrevista à Jovem Pan, o ex-camisa 4 afirmou que não há como comparar o período atual com aquele vivido entre 1982 e 1984, em plena Ditadura Militar.
“Falta ao jogador dar mais a cara e se posicionar politicamente. A única preocupação é meramente jogar futebol e se ater a condição de atleta profissional. Eles se esquecem que também são cidadãos brasileiros e pais de família”, destacou.
Wladimir também criticou a postura da diretoria alvinegra que afastou o zagueiro Pablo da festa do título do hepta. “É lamentável. Ele não foi campeão por acaso. Não valorizaram o momento do atleta no clube. Ele recém ganhou um campeonato e foi banido. Via de regra isso acontece com todos os dirigentes de futebol: é só vem a nós e ao vosso reino, nada. Não me causa estranheza”, disse o ex-jogador.
“Infelizmente, algumas pessoas só te valorizam quando você pode dar algum benefício em troca. Depois você não serve mais. É triste”,
De acordo com Wladimir, boa parte da conquista do sétimo título Brasileiro pode ser atribuída ao zagueiro, assim como Jô e o técnico Fábio Carille, considerados personagens chaves no título “inesperado”. “Pablo é excelente zagueiro, deu personalidade à defesa e foi um líder nato. O Jô foi a grande referência e tem tudo para ser um grande ídolo. Sei o quanto ele reflete o espírito corintiano porque tive o prazer de jogar com o pai dele no Corinthians. Ele está acostumado aos grandes desafios”, revelou.
“O Carille é um cara tranquilo que tem um grupo que sabe o que quer. Eles incorporaram a capacidade de jogar e tiveram muito mérito”, completou.
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